Para Refletir

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

ANALISANDO O QUE OS PAIS DÃO ADICIONALMENTE por Bert Hellinger


Além de nos darem a vida, os nossos pais dão-nos também outras coisas. Alimentam-nos, animam-nos, cuidam de nós, e muito mais. Isto funciona bem quando a criança aceita o que lhe é dado, tal como lhe é dado. Regra geral, as crianças só aceitam o que necessitam, do que lhes é oferecido. Naturalmente há as exceções que nós todos compreendemos, mas regra geral, o que os pais dão aos seus filhos é o suficiente. Os filhos não podem ter tudo o que querem e nem todos os sonhos são realizados, mas normalmente, os filhos recebem bastante.

É consistente com as ordens do amor quando os filhos dizem aos seus pais, "vocês deram-me bastante, e é suficiente. Eu aceito isso de vós com apreciação e amor." Um filho que sinta isso, sente-se cheio e próspero, não importa o que pode ter ido antes. Tal filho poderia adicionar, "eu cuidarei do resto." Esta também é uma bonita experiência. E o filho poderia adicionar, "agora deixo-os em paz." O efeito destas frases é muito profundo. Os filhos têm os seus pais, e os pais têm os seus filhos. São simultaneamente separados e tornam-se independentes. Os pais terminaram o seu trabalho, e os filhos são livres para viver as suas vidas com respeito para com seus pais, sem serem dependentes deles.

Mas sinta o que se passa na alma quando você imagina os filhos a dizerem aos seus pais, "o que vocês me deram, primeiro, não foi a coisa certa, e segundo, não foi o suficiente. Vocês ainda me devem." O que é que os filhos recebem dos seus pais quando sentem desta maneira? Nada. E o que é que os pais recebem dos seus filhos? Também nada. Tais filhos não podem separar-se dos seus pais. Suas acusações e pedidos amarram-nos aos seus pais de modo que, embora estejam limitados a eles, não têm nenhum progenitor. Sentem-se então vazios, necessitados e fracos.

Esta é a segunda Ordem do Amor, que os filhos tomem o que os seus pais lhes dão para além da vida como ela é.

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