segunda-feira, 21 de setembro de 2015
SAUDADE DE AMANHÃ
Se se pode sentir saudade de amanhã? Pode.
Se aqui me dói o peito que ontem deixei colado ao teu,
pode. Pode sim. Mas, porque pode,
este dia também devia poder ser este instante só,
e quando eu esticasse o braço devia poder haver a tua mão,
que também ela me falta. Falta-me até um dia
em que alguém irá inventar um juntos sempre
e para sempre, cada momento.
Demoras vidas inteiras neste dia. Que ele anoiteça já,
e que já amanheça! Que eu adormeça,
que logo acorde,
e te veja agora!
Sérgio Lizardo
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