Quem me quiser amar,
que me leve
fechada no meu mistério...
Me leve
como um presente imerecido,
vindo não sabe de onde
- sempre com medo que lhe fuja
da caixinha cor da bruma
em que se esconde.
Quem me quiser amar,
me leve, sem importar
de perguntar o que eu valho.
- Já lhe basta essa alegria de saber que me possui,
de saber que eu valho mais
que quanto quiser pensar.
- Sebastião da Gama -
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