Para Refletir

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Acreditar

A maior parte do tempo, sinto que ninguém mais acredita em ninguém; ninguém confia; todos vivem com a faca entre os dentes, temendo passar por otários. E é o que acabam por ser.
Se as pessoas tivessem uma visão um pouco mais pacifista, as relações humanas só beneficiariam. Esperar o melhor dos outros é uma atitude contagiante; mas infelizmente, esperar o pior também é.
Eu ainda acredito nas pessoas e quero acreditar! Acredito nas pessoas, especialmente naquelas em que habita algo mais que a humanidade. Falo daquelas pessoas que existem nas nossas vidas e enchem o nosso espaço com pequenas alegrias e grandes atitudes. Daquelas que olham nos olhos quando precisam de ser verdadeiras. Que tecem elogios, agradecem e pedem desculpa com a mesma simplicidade de uma criança. Pessoas que não precisam fazer joguinhos para conseguir o que querem. Pessoas que fazem o bem e se protegem do mal apenas com um sorriso, uma palavra, um beijo, um abraço, uma oração.
Pessoas que atravessam as ruas, sem medo da luz que existe nelas, caminham firmes e levantam a cabeça em momentos de puro desespero. Pessoas que erram mais do que acertam, aprendem mais do que ensinam e vivem mais do que sonham. Pessoas, simplesmente pessoas, que nem sempre têm a certeza de tudo, mas acreditam sempre. Transparentes, amigas, espontâneas, até mesmo ingénuas.
Prefiro acreditar em homens e mulheres que reverenciam a vida com a mesma intensidade de um grande amor. Que passam pela Terra e deixam as suas marcas, suas lembranças, que deixam saudades e não apenas um rasto.


CT

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