A maior parte do tempo, sinto que ninguém mais acredita em ninguém;
ninguém confia; todos vivem com a faca entre os dentes, temendo passar
por otários. E é o que acabam por ser.
Se as pessoas tivessem uma
visão um pouco mais pacifista, as relações humanas só beneficiariam.
Esperar o melhor dos outros é uma atitude contagiante; mas infelizmente,
esperar o pior também é.
Eu ainda acredito nas pessoas e quero acreditar! Acredito nas pessoas, especialmente naquelas em que habita algo
mais que a humanidade. Falo daquelas pessoas que existem nas nossas
vidas e enchem o nosso espaço com pequenas alegrias e grandes atitudes.
Daquelas que olham nos olhos quando precisam de ser verdadeiras. Que
tecem elogios, agradecem e pedem desculpa com a mesma simplicidade de
uma criança. Pessoas que não precisam fazer joguinhos para conseguir o
que querem. Pessoas que fazem o bem e se protegem do mal apenas com um
sorriso, uma palavra, um beijo, um abraço, uma oração.
Pessoas que
atravessam as ruas, sem medo da luz que existe nelas, caminham firmes e
levantam a cabeça em momentos de puro desespero. Pessoas que erram mais
do que acertam, aprendem mais do que ensinam e vivem mais do que sonham.
Pessoas, simplesmente pessoas, que nem sempre têm a certeza de tudo,
mas acreditam sempre. Transparentes, amigas, espontâneas, até mesmo
ingénuas.
Prefiro acreditar em homens e mulheres que reverenciam a
vida com a mesma intensidade de um grande amor. Que passam pela Terra e
deixam as suas marcas, suas lembranças, que deixam saudades e não apenas
um rasto.
CT
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário