Para Refletir

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Mudar a atitude face à Doença Mental


Os tabus em torno da saúde mental podem ser desfeitos.
(Keystone)
Nos dias que correm, e em pleno século XXI, a doença mental continua ainda a ser um tabu. É chegada a hora de quebrar essa cultura do silêncio.

Algumas pessoas consideram os doentes "perigosos", "imprevisíveis" e que a doença deles é culpa deles mesmos. Até mesmo profissionais da área podem às vezes ter certos preconceitos (e eu já vivenciei essa realidade!). É por isso que uma campanha contra esse tabu é tão importante. As pessoas mentalmente doentes têm as mesmas aspirações de vida como todo o mundo, elas querem trabalhar, ter uma família, serem integradas e ganharem a sua própria vida.

É interessante observar que a saúde mental expandiu-se bastante nas últimas décadas, mas o estigma não diminuiu. É algo que está profundamente enraizado.

Shekhar Saxena, diretor do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra, olha para as questões de saúde mental de uma perspectiva global. Ele diz que é difícil mudar atitudes e comportamentos só através de informação.

"A melhor forma de reduzir um sistema de estigma e discriminação da doença mental é integrando-a no sistema hospitalar e na sociedade em geral", disse para swissinfo.ch.

Muitos países ainda têm hospitais psiquiátricos separados, mas é melhor tratar os pacientes num hospital geral, que também trata pacientes com outras doenças. Já alguém visitou um hospital psiquiátrico? É um local deprimente, pelo menos em Portugal, onde até as paredes são de cor cinza! A OMS também apoia mais cuidado na família e na comunidade. A maioria dos familiares das vítimas não sabe como lidar com este tipo de doença.

Saxena sublinhou que trazer as pessoas de volta ao trabalho e à sociedade é muito importante, citando o exemplo do ex-primeiro-ministro norueguês Kjell Magne Bondevik, que tirou uma licença do cargo para cuidar de uma depressão, em seguida, retomou suas funções e acabou sendo reeleito. O caso atinge o centro de muitos mitos da saúde mental, aponta o representante da OMS.

"A atitude no mundo é que as pessoas com doença mental são inferiores e nunca estarão bem, por isso é melhor deixa-las isoladas. São premissas que estão completamente erradas."

Já conhece a nossa campanha “Mude a sua Atitude Face à Doença Mental“?
Tal como o laço rosa se tornou um símbolo poderoso para a consciencialização do cancro da mama, este laço verde lima foi estabelecido internacionalmente como o símbolo para desafiar o estigma face aos problemas de saúde mental.


Veja o link da campanha:  http://www.fnerdm.pt/campanha-mude-a-sua-atitude-face-a-doenca-mental/

MUDANDO MENTALIDADES... EVOLUINDO! 


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