"Acreditas naquilo que ouviste dizer. Acredita antes no que não foi dito, pois o silêncio dos homens está mais próximo da verdade do que as suas palavras."
Kahlil Gibran, in Jesus, o Filho do Homem
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
sábado, 18 de dezembro de 2010
domingo, 12 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
SOBRE O CASAMENTO - REFLEXÃO
Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos. De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.
Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Por quê?"
Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouví-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.
Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.
Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.
No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.
Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.
Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para preparar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.
Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.
Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio" ,disse Jane em tom de gozação.
Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.
No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.
No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.
No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.
Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.
A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração..... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.
Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.
Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".
Eu não consegui dirigir para o trabalho.... fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia...Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar".
Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe, Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.
A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.
Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".
Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama - morta.
Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.
Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!
Ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/sexualidade/casamento-reflexao/#ixzz17r504uI4
Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Por quê?"
Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouví-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.
Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.
Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.
No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.
Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.
Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para preparar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.
Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.
Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio" ,disse Jane em tom de gozação.
Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.
No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.
No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.
No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.
Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.
A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração..... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.
Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.
Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".
Eu não consegui dirigir para o trabalho.... fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia...Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar".
Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe, Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.
A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.
Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".
Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama - morta.
Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.
Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!
Ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/sexualidade/casamento-reflexao/#ixzz17r504uI4
'Today I'm Gonna Try and Change The World' by Johnny Reid on Q TV
Quite often I feel I'm the only one, but i'll do it anyway! Never give up!
Johnny Reid - Dance With Me
Uma das canções mais bonitas que já ouvi! Poucas canções me tocam a alma e o coração como esta! Que prazer!
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Praia do Furadouro
E agora só um cheirinho da Praia do Furadouro, que vai passar a minha praia nº 1! Igualmente linda! Também ela pertencente ao concelho de Ovar, Aveiro, Portugal!
A Minha Praia
Milton, esta postagem é para você! ... E para todos os amantes da PRAIA... de Esmoriz, Ovar, Aveiro, Portugal.
Aqui passo grande parte do meu tempo livre, quando não estou na Praia do Furadouro (meu local de trabalho!)
Aqui passo grande parte do meu tempo livre, quando não estou na Praia do Furadouro (meu local de trabalho!)
Citação
«Existir é tão completamente fora do comum que se a consciência de existir demorasse mais de alguns segundos, nós enlouqueceríamos. A solução para esse absurdo que se chama "eu existo", a solução é amar um outro ser que, este, nós compreendemos que exista.» Clarice Lispector
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existir
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
No Screwcraps - The Tony's protest
Este é um filme feito como forma de protesto por um proprietário de um restaurante nas Ilhas Virgens (EUA). Tony Romano além de ser o proprietário do “Romano’s” é também um artista plástico que além deste filme ele próprio criou uma exposição de trabalhos sobre a problemática do abandono da cortiça como vedante para os vinhos. O protesto é uma das utilizações mais antigas para a Arte, mas desta vez o protesto é em prol da cortiça. Vejam o filme que vale a pena (Director de Fotografia: Erik Miles).
http://vimeo.com/7460827
http://vimeo.com/7460827
IMENSIDÃO DE SONHOS
O mar,
essa imensidão de sonhos
que tantas lágrimas me levou
que tantas alegrias me deu
que me ouviu e aconselhou
O mar,
que poucos respeitam e amam
que muitos julgam conhecer
sem nada perceberem, sem nada saberem
apenas flutuam sobre ele
O mar é amor e ódio
é paixão ardente que não acaba
é cruel para quem o desafia
e prazer para quem o respeita
O mar é sonho, é reflexão
sobretudo, o mar é emoção.
Autor desconhecido
A CALÚNIA E A FOFOCA
* Roque Theophilo
Calúnia é um termo que vem do latim, calumnia, engodo, embuste. A calúnia não se confunde nem com a difamação nem com a injúria, outros dois crimes contra a honra. A difamação (do latim diffamare) significa desacreditar, sendo um crime que consiste em atribuir a alguém fato ofensivo à sua reputação de pessoa fiel à moralidade e aos bons costumes. Não se confunde com a calúnia, pois esta consiste numa imputação injusta de fato tipificado como crime. Na difamação o que se busca é desacreditar a vítima, embora sem apontá-la como autora de fato criminoso. Exemplo: afirmar que um homem solteiro, de hábitos reconhecidamente morigerados, freqüenta prostíbulos. Trata-se, enfim, de uma imputação de fato desairoso à reputação da vítima.
Quanto à injúria do latim injuria, de in jus, injustiça, falsidade, trata-se de um crime contra a honra consistente em ofender, verbalmente, por escrito, ou fisicamente (injúria real), a dignidade ou o decoro de alguém. A injúria ofende o moral, abate o ânimo da vítima, ao passo que a calúnia e a difamação ferem a moral da vítima. Perceba-se a diferença entre estas três afirmações: "Fulano é um peculatário!" (calúnia); "Beltrano é um depravado!" (difamação); "Sicrano é um boçal!" (injúria). A injúria pode ser manifestada não apenas mediante palavras, mas também por gesticulações ultrajantes (injúria verbal) e, até, fisicamente, quando A, mais avantajado corporalmente do que B, a fim de aviltá-lo, despe-o em público, embora sem lhe causar dano físico. Temos, neste caso, a chamada injúria real. Outro exemplo: o da bofetada que se aplica menos com o intuito de ferir do que ridicularizar.
FOFOCA é o mexerico, intriga, a bisbilhotice É um mal que para muitos é divertimento sem importância, mas que é extremamente destrutivo: A vontade de passar informações faz parte do homem, é a comunicação, é uma ação humana natural e normal, mas na maioria das vezes esquecemos do outro e não medimos as conseqüências das nossas palavras. Quando uma pessoa não controla a cobiça, o resultado é a inveja, que desperta o instinto animal de prejudicar o próximo pela difamação. O vaidoso que é infestado pelo orgulho e pela arrogância, é muito propenso a usar a fofoca. O egoísmo é o resultado da maldade, da indiferença para com o semelhante e, portanto, pela falta de escrúpulos pode-se criar as mas desalmadas mentiras com a idéia de prejudicar o semelhante. Os homens não têm escrúpulos e por isso estão se destruindo, com mentiras, murmurações, mexericos e fofocas e em todas elas o "ingrediente" principal é a vida do próximo. Existe uma verdadeira indústria por trás da fofoca. Revistas, programas de televisão especializados em fofocas, jornais sensacionalistas que vendem isso, milhares e milhares de pessoas envolvidas na indústria milionária do mexerico. Tudo mentira, falso testemunho, afinal o ditado não é este: "quem conta um conto aumenta um ponto"? E não para por aí. Pior que este são os que fazem isso todos os dias de graça, por puro prazer, pendurados em janelas, nos bares, nas ruas, no trabalho. Aliás, se dedicassem em seus afazeres o mesmo tempo que gastam com mexericos, já seriam chefes. A murmuração e o mexerico nos são impostos pela carne. Qual de nós não fica com a "língua coçando" para passar para frente uma notícia. No entanto, se vivemos com o nosso espírito em Deus, teremos um "filtro" que irá separar o que pode causar mal ao nosso semelhante.
Em resumo enquanto que fofocar significa intrigar, caluniar consiste em difamar fazendo acusações falsas ou atribuindo falsamente a alguém fato definido como crime. Na calúnia, portanto, há violência maior. Ainda procuramos negar e esconder este fenômeno quando dele somos vítimas. Sentimos vergonha de sermos caluniados quando a vergonha seria adequada sentir por aquele que gera a calúnia. Por vezes, até mesmo nos submetemos ao caluniador do grupo em que convivemos.
Afirmativas como "onde há fumaça há fogo", em verdade são armas utilizadas pelos caluniadores. O correto é: "onde há fumaça há um caluniador". Para bom entendedor, quem está sendo exposto não é o caluniado, mas sim o caluniador: revela-se e desvenda um interior conflitado.
O caluniador é uma pessoa que está sempre em conflito consigo mesmo. Quem está de bem com a vida não tem sequer vontade de caluniar, quer apreciar as coisas boas da vida.
Por vezes, as pessoas lidam de forma inadequada com suas perturbações. Por exemplo, passam a ingerir muita bebida de álcool, ou mergulham num mundo imaginário e se afastam da vida real. Outra forma inadequada é a calúnia. O caluniador procura transferir seu desequilíbrio para outra pessoa. Lançando uma calúnia ele percebe que o interior da pessoa atingida começa a se desorganizar. Para que isso ocorra, a calúnia deve ser impactante, deve penetrar no interior da vítima e estourar como uma bomba. Portanto, agora quem está desequilibrado é o outro e não mais ele. Ou há mais alguém perturbado e em sofrimento como ele.
Como este artifício é fantasioso, não promove um alívio duradouro ao caluniador, como um vício ele sente necessidade de repetir e repetir o ato de caluniar. É uma falsa saída para seu desequilíbrio. É como se alguém pegasse o lixo de sua casa e jogasse no pátio do vizinho. Por alguns momentos tem a sensação de estar limpo. Mas o lixo reaparece na sua casa, pois ela é o gerador de lixo.
Existem dois tipos de caluniadores: aquele que calúnia sistematicamente e aquele que o faz num momento em que sua vida não vai bem.
E existem também as pessoas que levam adiante a calúnia gerada por outro. É um fenômeno que acompanha a humanidade desde sempre. Um dramaturgo romano, Plauto, escreve em uma de suas peças: "Os que propalam a calúnia e os que a escutam, se prevalecesse minha opinião, deveriam ser enforcados, os primeiros pela língua e os outros pela orelha".
Brincadeiras à parte, temos que aprender a lidar com estes fenômenos. Todos estamos sujeitos a ele. Scheakespeare escreveu: "Mesmo que sejas tão puro quanto a neve, não escaparás à calúnia".
A recuperação de quem sofre a calúnia se faz a medida em que a pessoa não se submete ao fenômeno, encara-o de frente, conversa com seus amigos. Preserva sua auto-estima, desvinculando-se desta agressão verbal e psicológica da qual está sendo vítima. Poderá buscar ajuda profissional numa psicoterapia de cura duração de tipo Interpessoal.
Aquele que se percebe gerando calúnia, também se beneficiará de uma ajuda profissional para procurar lidar de uma maneira mais eficaz com seus desequilíbrios.
O mecanismo da fofoca e da calunia pode ser avaliado por uma experiência subliminar que em psicologia é um estímulo que não é suficientemente intenso para que o indivíduo tome consciência dele, mas que, repetido, atua no sentido de alcançar um efeito desejado.
Salomon Asch (citado por Joan Ferrés em Televisão Subliminar. Porto Alegre: ArtMed., 1998. p. 50.) fez uma pesquisa com estudantes universitários nova-iorquinos com a finalidade de destacar o caráter contaminante das idéias, sobretudo do pensamento associativo, menos por seu conteúdo e bem mais pela forma como é apresentado e é possivelmente esse mecanismo um grande exacerbador da virulência com que as fofocas se propagam numa total distorção do fato verdadeiro.
Faça uma experiência extremamente simples com dois grupos de pessoas que não se conheçam. Ao iniciar o teste da fofoca, diga que passará algumas referências a respeito de uma personagem que é seu amigo chamado Ronaldinho. Passe, então, a informação: ao primeiro grupo, dizendo que o seu amigo Ronaldinho é muito competente, honesto, ordeiro, teimoso, mentiroso, impulsivo e fofoqueiro; e ao segundo grupo, passe as mesmas informações, alternado a ordem dos adjetivos que caracterizam a personagem. Assim, Ronaldinho é um fofoqueiro, impulsivo, mentiroso, teimoso, ordeiro, honesto e competente. Espere passar uma semana e indague uma ou mais pessoas de cada um dos grupos o que lembram de Ronaldinho. Poderão ocorrer tipos de resposta diferentes, porém será mais provável que o primeiro grupo lembre mais as qualidades positivas de Ronaldinho e o segundo, as negativas. Ainda que aspectos positivos e negativos tenham sido apresentados em igual quantidade e, literalmente, tenham sido os mesmos, a ordem em sua apresentação despertou o pensamento primário e, dessa forma, condicionou um preconceito que contaminará todo o resto da informação. Se esse fato não ocorrer, provavelmente, a pessoa associou Ronaldinho a um conhecido seu e guardou na memória os adjetivos com os quais associa esse amigo. Caso contrário, lembrará primeiro dos adjetivos positivos ou negativos, que tenham sido priorizados na apresentação. Essa pequena mostra como as comunicações podem distorcer os fatos o que acontece normalmente nas fofocas. Longe de ser apenas um prosaico experimento, os estudos que se seguiram àquele mostram a imensa importância da hierarquia de idéias que deve estar presente em todo tipo de apresentação que fazemos de um fato. Embutem-se idéias centrais fortes, decisivas, conclusivas e essenciais e outras idéias periféricas, bem menos relevantes, meramente auxiliares. Se sua apresentação não enfatizar e ordenar as primeiras.
Provavelmente, graças a esse poder contaminante do pensamento primário é que, muitas vezes, julgamos uma causa por sua aparência, brigamos com amigos por detalhes fúteis e esquecemos o imprescindível para guardar o periférico. Então no caso da fofoca esquecemos as qualidades boas da pessoa e exaltamos as más.
* Psicólogo e Jornalista Profissional, é autor do título « O Amigo Psicólogo ® ». Presidente das Academia Brasileira de Psicologia e Academia Internacional de Psicologia, e um dos pioneiros da Psicologia no Brasil.
In http://www.psicologia.org.br/internacional/ap31.htm
ANTE A INJUSTIÇA
O missionário do bem se mostrava muito triste. Há dias, não conciliava o sono.
Tendo se dedicado ao próximo, de forma integral, recebia as pedradas de uma grande injustiça.
E sofria. Doía-lhe a cabeça. A alma sangrava.
Rogando o socorro dos benfeitores da vida, seu Guia Espiritual lhe apareceu e, ouvindo-lhe a mágoa, recordou-lhe que o mal não deve ser valorizado.
Tu é quem estás dando valor à injustiça. Se dás valor à mentira, deves sofrer o efeito da mentira. Se tu sabes que não é verdade, por que estás sofrendo?
E para o confortar, lhe narrou a seguinte parábola:
Havia uma fonte pequena e insignificante, perdida num bosque. Um dia, um viajante passou por ali, atirou um balde, retirou água e acabou com a sede. A fonte ficou feliz e disse para si mesma:
“Como eu gostaria de poder dessedentar os viandantes, já que sou uma água preciosa.”
E Deus permitiu que ela viesse à tona, de forma que as aves e os animais pudessem dela se servir.
“Que bom é ser útil. Gostaria de ir além, umedecer as raízes das árvores. Correr a céu aberto.” – pensou a fonte.
Veio a chuva, ela transbordou e se transformou num córrego.
Feliz, desejou chegar ao mar, porque o destino dos córregos e dos rios é atingir o mar.
E o riacho se tornou um rio. O rio avolumou as águas. Mas, numa curva do caminho, havia um toro de madeira, impedindo-lhe a passagem.
O rio tentou passar por baixo, contornar. Sem êxito. Então o rio cresceu e transpôs o obstáculo com firmeza.
No seu percurso, foi levando seixos, pedras, pequenos empecilhos que encontrou.
Quando algo imovível se apresentava à frente, ele crescia e o transpunha, até alcançar o mar.
E concluiu o benfeitor espiritual:
Todos nós somos fontes de Deus. Um dia, alguém se acercou de ti e pediu para beber da água que tinhas.
A felicidade te encheu a alma e pediste a Deus para servir mais. Então, transbordaste de amor e cresceste.
A alegria cantava hinos aos teus ouvidos. Agora, quando uma dificuldade se apresenta, tu choras?
Faze como o rio. Transpõe as pedras das dificuldades. Não fiques a te lamentar.
Tua fatalidade é o mar, o grande oceano da misericórdia Divina.
* * *
Pode ser que, em tua vida, estejas a passar por algo semelhante.
Aproveita a lição. Não permitas que os maus te entravem a trilha por onde segues.
Confiante, ora e suplanta as dificuldades.
Injustiças te perseguem? Não faças caso, não as valorizes, porque somente a verdade é imperecível.
Os homens que cometem as injustiças, logo mais não estarão mais na Terra.
Como tu mesmo. Preocupa-te somente em oferecer as águas do teu amor a quem necessita.
Não permitas que a inveja e a maldade empanem o brilho das tuas conquistas.
O que importa é a tua semeadura nobre, digna, de cada dia, para que, ao final da jornada, possas olhar para trás e ver somente o rastro de bênçãos que deixaste em tua caminhada.
Redação do Momento Espírita com base no cap. A parábola, do livro A veneranda Joanna de Ângelis, de Celeste Santos e Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 26.03.2008.
www.momento.com.br
Tendo se dedicado ao próximo, de forma integral, recebia as pedradas de uma grande injustiça.
E sofria. Doía-lhe a cabeça. A alma sangrava.
Rogando o socorro dos benfeitores da vida, seu Guia Espiritual lhe apareceu e, ouvindo-lhe a mágoa, recordou-lhe que o mal não deve ser valorizado.
Tu é quem estás dando valor à injustiça. Se dás valor à mentira, deves sofrer o efeito da mentira. Se tu sabes que não é verdade, por que estás sofrendo?
E para o confortar, lhe narrou a seguinte parábola:
Havia uma fonte pequena e insignificante, perdida num bosque. Um dia, um viajante passou por ali, atirou um balde, retirou água e acabou com a sede. A fonte ficou feliz e disse para si mesma:
“Como eu gostaria de poder dessedentar os viandantes, já que sou uma água preciosa.”
E Deus permitiu que ela viesse à tona, de forma que as aves e os animais pudessem dela se servir.
“Que bom é ser útil. Gostaria de ir além, umedecer as raízes das árvores. Correr a céu aberto.” – pensou a fonte.
Veio a chuva, ela transbordou e se transformou num córrego.
Feliz, desejou chegar ao mar, porque o destino dos córregos e dos rios é atingir o mar.
E o riacho se tornou um rio. O rio avolumou as águas. Mas, numa curva do caminho, havia um toro de madeira, impedindo-lhe a passagem.
O rio tentou passar por baixo, contornar. Sem êxito. Então o rio cresceu e transpôs o obstáculo com firmeza.
No seu percurso, foi levando seixos, pedras, pequenos empecilhos que encontrou.
Quando algo imovível se apresentava à frente, ele crescia e o transpunha, até alcançar o mar.
E concluiu o benfeitor espiritual:
Todos nós somos fontes de Deus. Um dia, alguém se acercou de ti e pediu para beber da água que tinhas.
A felicidade te encheu a alma e pediste a Deus para servir mais. Então, transbordaste de amor e cresceste.
A alegria cantava hinos aos teus ouvidos. Agora, quando uma dificuldade se apresenta, tu choras?
Faze como o rio. Transpõe as pedras das dificuldades. Não fiques a te lamentar.
Tua fatalidade é o mar, o grande oceano da misericórdia Divina.
* * *
Pode ser que, em tua vida, estejas a passar por algo semelhante.
Aproveita a lição. Não permitas que os maus te entravem a trilha por onde segues.
Confiante, ora e suplanta as dificuldades.
Injustiças te perseguem? Não faças caso, não as valorizes, porque somente a verdade é imperecível.
Os homens que cometem as injustiças, logo mais não estarão mais na Terra.
Como tu mesmo. Preocupa-te somente em oferecer as águas do teu amor a quem necessita.
Não permitas que a inveja e a maldade empanem o brilho das tuas conquistas.
O que importa é a tua semeadura nobre, digna, de cada dia, para que, ao final da jornada, possas olhar para trás e ver somente o rastro de bênçãos que deixaste em tua caminhada.
Redação do Momento Espírita com base no cap. A parábola, do livro A veneranda Joanna de Ângelis, de Celeste Santos e Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 26.03.2008.
www.momento.com.br
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Sobre a Alegria e a Tristeza
Alguns de vocês dizem:
"A alegria é maior do que a tristeza",
e outros afirmam: "Não, a tristeza é maior".
Mas eu digo-te que são inseparáveis.
Chegam juntas,
e quando uma se senta sozinha à mesa contigo,
lembra-te que a outra dorme na tua cama.
In O Profeta, Kahlil Gibran
"A alegria é maior do que a tristeza",
e outros afirmam: "Não, a tristeza é maior".
Mas eu digo-te que são inseparáveis.
Chegam juntas,
e quando uma se senta sozinha à mesa contigo,
lembra-te que a outra dorme na tua cama.
In O Profeta, Kahlil Gibran
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
sábado, 4 de dezembro de 2010
JESUSALÉM
«A vida é demasiado preciosa para ser esbanjada num mundo desencantado.»
Diz a poeta Alejandra Pizarnick: “Yo me levanté de mi cadáver, e fui em busca de quien soy. Peregrina de mí…” No romance, pelo contrário, não se busca a identidade, não se procura o “eu”, quer-se, isso sim, matar a memória, esquecer o mundo vivido, e invocar uma nova ordem que se fundamente no silêncio. Um silêncio com um Deus que Hilda Hilst alvitra como “ O Deus de que vos falo ⁄ Não é um Deus de afagos ⁄ É mudo. ⁄ Está só…”. Mas é em Sophia de Mello que está o canto primeiro e último, a voz iniciática em “Sou o único homem a bordo do meu barco. ⁄ Os outros são monstros que não falam, ⁄ Tigres e ursos que amarrei aos remos, ⁄ E o meu desprezo reina sobre o mar. ”, e o canto último em “ Nunca mais amarei quem não possa viver ⁄ Sempre, ⁄ Porque eu amei como se fossem eternos ⁄ A glória, a luz e o brilho do teu ser, ⁄ Amei-te em verdade e transparência ⁄ E nem sequer me resta a tua ausência, ⁄ És um rosto de nojo e negação ⁄ E eu fecho os olhos para não te ver. ⁄ Nunca mais servirei senhor que possa morrer.” Está dito. O anátema a uma realidade cruel, predadora, que nos desumaniza com discursos envenenados, máquinas trituradoras de boas consciências com a efemeridade de sonhos adocicados, é sinal de busca de outros horizontes que a nossa consciência, liberta das cartilhas castralizadoras da história, nos vai ditar nessa longa viagem pelo interior de nós mesmos.
“Profundamente abalado pela morte da mulher, Dordalma, aquela que era “um bocadinho mulata”, Silvestre Vitalício afasta-se da cidade e do mundo. Com os dois filhos Mwanito e Ntumzi, mais o criado ex-militar Zacarias Kalash, faz-se transportar pelo cunhado Aproximado para o lugar mais remoto e inalcançável. Aí, numa velha coutada de caça em ruínas, funda o seu refúgio, a que dá o nome de Jesusalém, porque a vida é demasiado preciosa para ser esbanjada num mundo desencantado”.
É assim, deste modo singelo, que Mia Couto inicia este romance intitulado “Jesusalém”. “Jesusalém é o nome que este personagem, Eugénio Vitalício, dá a este lugar que é uma espécie de refúgio, é um lugar de exílio de um homem que está em rotura consigo próprio, tentando afastar-se do seu próprio passado, de modo a esquecê-lo”.
“Como nós todos sabemos vivemos numa amnésia colectiva sobre o nosso passado recente. Vivemos uma situação gravíssima de uma guerra civil que constituiu um luto profundo em toda a nossa sociedade e hoje esquecemo-nos disso.
Mesmo que coloquemos uma pedra sobre esse passado ele está lá. E é bom que saibamos revisitar esse tempo, é bom voltar a lembrarmo-nos de um tempo que foi profundamente nosso mesmo que tenha sido pela negativa, porque esse tempo faz parte da nossa história, temos que ter um convívio saudável com ele”, concluiu o autor.
Este livro é uma espécie de parábola sobre a impossibilidade de se fugir do mundo. Quando o velho tenta escapar com a família para um sítio remoto, longe de tudo e de todos, cria para os filhos a ideia que o mundo acabou, que eles são os únicos sobreviventes da humanidade, e, obviamente, que, volvidos uns anos, este mundo, que é um mundo totalitário, totalizante, concentraccionário acaba por invadir esse espaço mostrando que há uma maneira muito agressiva e revelando que no fim há outra história.
Este Jesusalém ensina-nos que nesta selva de desigualdades, de alienação global, de homogeneização de ambições mesquinhas e terrenas, o grande desafio está em abrir até aos limites a grande coutada da vida: a nossa consciência.
Diz a poeta Alejandra Pizarnick: “Yo me levanté de mi cadáver, e fui em busca de quien soy. Peregrina de mí…” No romance, pelo contrário, não se busca a identidade, não se procura o “eu”, quer-se, isso sim, matar a memória, esquecer o mundo vivido, e invocar uma nova ordem que se fundamente no silêncio. Um silêncio com um Deus que Hilda Hilst alvitra como “ O Deus de que vos falo ⁄ Não é um Deus de afagos ⁄ É mudo. ⁄ Está só…”. Mas é em Sophia de Mello que está o canto primeiro e último, a voz iniciática em “Sou o único homem a bordo do meu barco. ⁄ Os outros são monstros que não falam, ⁄ Tigres e ursos que amarrei aos remos, ⁄ E o meu desprezo reina sobre o mar. ”, e o canto último em “ Nunca mais amarei quem não possa viver ⁄ Sempre, ⁄ Porque eu amei como se fossem eternos ⁄ A glória, a luz e o brilho do teu ser, ⁄ Amei-te em verdade e transparência ⁄ E nem sequer me resta a tua ausência, ⁄ És um rosto de nojo e negação ⁄ E eu fecho os olhos para não te ver. ⁄ Nunca mais servirei senhor que possa morrer.” Está dito. O anátema a uma realidade cruel, predadora, que nos desumaniza com discursos envenenados, máquinas trituradoras de boas consciências com a efemeridade de sonhos adocicados, é sinal de busca de outros horizontes que a nossa consciência, liberta das cartilhas castralizadoras da história, nos vai ditar nessa longa viagem pelo interior de nós mesmos.
“Profundamente abalado pela morte da mulher, Dordalma, aquela que era “um bocadinho mulata”, Silvestre Vitalício afasta-se da cidade e do mundo. Com os dois filhos Mwanito e Ntumzi, mais o criado ex-militar Zacarias Kalash, faz-se transportar pelo cunhado Aproximado para o lugar mais remoto e inalcançável. Aí, numa velha coutada de caça em ruínas, funda o seu refúgio, a que dá o nome de Jesusalém, porque a vida é demasiado preciosa para ser esbanjada num mundo desencantado”.
É assim, deste modo singelo, que Mia Couto inicia este romance intitulado “Jesusalém”. “Jesusalém é o nome que este personagem, Eugénio Vitalício, dá a este lugar que é uma espécie de refúgio, é um lugar de exílio de um homem que está em rotura consigo próprio, tentando afastar-se do seu próprio passado, de modo a esquecê-lo”.
“Como nós todos sabemos vivemos numa amnésia colectiva sobre o nosso passado recente. Vivemos uma situação gravíssima de uma guerra civil que constituiu um luto profundo em toda a nossa sociedade e hoje esquecemo-nos disso.
Mesmo que coloquemos uma pedra sobre esse passado ele está lá. E é bom que saibamos revisitar esse tempo, é bom voltar a lembrarmo-nos de um tempo que foi profundamente nosso mesmo que tenha sido pela negativa, porque esse tempo faz parte da nossa história, temos que ter um convívio saudável com ele”, concluiu o autor.
Este livro é uma espécie de parábola sobre a impossibilidade de se fugir do mundo. Quando o velho tenta escapar com a família para um sítio remoto, longe de tudo e de todos, cria para os filhos a ideia que o mundo acabou, que eles são os únicos sobreviventes da humanidade, e, obviamente, que, volvidos uns anos, este mundo, que é um mundo totalitário, totalizante, concentraccionário acaba por invadir esse espaço mostrando que há uma maneira muito agressiva e revelando que no fim há outra história.
Este Jesusalém ensina-nos que nesta selva de desigualdades, de alienação global, de homogeneização de ambições mesquinhas e terrenas, o grande desafio está em abrir até aos limites a grande coutada da vida: a nossa consciência.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
4ª Feirinha da Pechincha 4/5.DEZ.2010
Amigos,
Não esqueçam:
No fim-de-semana de 4 e 5 de Dezembro visitem a tendinha da Rosto Solidário que estará no Seminário Passionista, em Santa Maria da Feira, com roupa, calçado, acessórios, artigos de decoração… Podem encontrar tudo isto e muito mais na 4ª Feirinha da Pechincha. Comprem produtos a um preço simpático com a certeza que o valor reverterá para os projectos, desta organização, em Portugal e Angola.
Não esqueçam:
No fim-de-semana de 4 e 5 de Dezembro visitem a tendinha da Rosto Solidário que estará no Seminário Passionista, em Santa Maria da Feira, com roupa, calçado, acessórios, artigos de decoração… Podem encontrar tudo isto e muito mais na 4ª Feirinha da Pechincha. Comprem produtos a um preço simpático com a certeza que o valor reverterá para os projectos, desta organização, em Portugal e Angola.
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sábado, 27 de novembro de 2010
Campanha contra a violência infantil
Como eu gostaria que tantos pais tivessem isto em consideração!
Pensando nos meus Filhotes...
"A mais bela palavra do Homem é "Mãe", "Minha Mãe" sua mais doce invocação. É palavra de amor e esperança, palavra doce e meiga que nasce nas profundezas do coração."
In Asas Quebradas, Kahil Gibran
In Asas Quebradas, Kahil Gibran
SOBRE A PAZ
"Haverá paz na terra enquanto os filhos da miséria trabalham o campo como escravos para alimentar os poderosos e encher o estômago dos tiranos? Quando virá a paz salvá-los das garras da indigência?
O que é a paz? Existe paz nos olhos dos bebés que nos frios casebres sugam os peitos ressequidos das mães esfomeadas? Existe paz nas miseráveis barracas de quem tem fome e dorme sobre duro leito e suplica por um pedaço da comida com que os sacerdotes e monges alimentam os gordos porcos?"
In Os Segredos do Coração, Kahil Gibran
O que é a paz? Existe paz nos olhos dos bebés que nos frios casebres sugam os peitos ressequidos das mães esfomeadas? Existe paz nas miseráveis barracas de quem tem fome e dorme sobre duro leito e suplica por um pedaço da comida com que os sacerdotes e monges alimentam os gordos porcos?"
In Os Segredos do Coração, Kahil Gibran
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quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Mark Blyth: A austeridade é uma ideia perigosa
É uma visão interessante da crise. Desdramatizá-la ou enfrentá-la?
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Gratidão II
Na sequência do post anterior queria acrescentar:
A vida nem sempre é justa, mas é a vida que temos e não podemos fazer mais do que dar o melhor de nós ao mundo, agradecer pelo que temos e ter esperança que dias melhores virão. Não entendemos muitas coisas que acontecem no mundo, o Homem é cruel para o seu semelhante, o nosso planeta sofre algumas intempéries que não entendemos, mas mesmo assim é o mundo que temos e cabe a nós fazer o que podemos para o tornar um pouco melhor...
Mesmo depois de uma tragédia da natureza, ainda há quem aceite o que a vida lhe trouxe, com tristeza, mas arranja força e continua; gente que, mesmo no meio da pobreza se sentem gratos por tudo o que ainda têm, tudo o que lhes foi poupado. Os que continuaram a viver por certo estão gratos pela sua vida, por ainda terem uma casa, embora pequena, velha ou em mau estado, o que importa é que ainda têm um lugar para viver, há tantos que ficam bem pior...
Há que ter fé, arregaçar as mangas… com força e coragem, tudo ficará melhor.
Como já disse, muitas vezes a vida não é justa para aquele que lhe foi justo, mas a única coisa que podemos fazer é estar-lhe gratos ainda assim... Enquanto estivermos vivos, é motivo para agradecimento, pois por algum motivo ainda andamos por cá!
A vida nem sempre é justa, mas é a vida que temos e não podemos fazer mais do que dar o melhor de nós ao mundo, agradecer pelo que temos e ter esperança que dias melhores virão. Não entendemos muitas coisas que acontecem no mundo, o Homem é cruel para o seu semelhante, o nosso planeta sofre algumas intempéries que não entendemos, mas mesmo assim é o mundo que temos e cabe a nós fazer o que podemos para o tornar um pouco melhor...
Mesmo depois de uma tragédia da natureza, ainda há quem aceite o que a vida lhe trouxe, com tristeza, mas arranja força e continua; gente que, mesmo no meio da pobreza se sentem gratos por tudo o que ainda têm, tudo o que lhes foi poupado. Os que continuaram a viver por certo estão gratos pela sua vida, por ainda terem uma casa, embora pequena, velha ou em mau estado, o que importa é que ainda têm um lugar para viver, há tantos que ficam bem pior...
Há que ter fé, arregaçar as mangas… com força e coragem, tudo ficará melhor.
Como já disse, muitas vezes a vida não é justa para aquele que lhe foi justo, mas a única coisa que podemos fazer é estar-lhe gratos ainda assim... Enquanto estivermos vivos, é motivo para agradecimento, pois por algum motivo ainda andamos por cá!
terça-feira, 23 de novembro de 2010
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Em Louvor das Crianças
"Se há na terra um reino que nos seja familiar e ao mesmo tempo estranho, fechado nos seus limites e simultaneamente sem fronteiras, esse reino é o da infância. A esse país inocente, donde se é expulso sempre demasiado cedo, apenas se regressa em momentos privilegiados — a tais regressos se chama, às vezes, poesia. Essa espécie de terra mítica é habitada por seres de uma tão grande formosura que os anjos tiveram neles o seu modelo, e foi às crianças, como todos sabem pelos evangelhos, que foi prometido o Paraíso.
A sedução das crianças provém, antes de mais, da sua proximidade com os animais — a sua relação com o mundo não é a da utilidade, mas a do prazer. Elas não conhecem ainda os dois grandes inimigos da alma, que são, como disse Saint-Exupéry, o dinheiro e a vaidade. Estas frágeis criaturas, as únicas desde a origem destinadas à imortalidade, são também as mais vulneráveis — elas têm o peito aberto às maravilhas do mundo, mas estão sem defesa para a bestialidade humana que, apesar de tanta tecnologia de ponta, não diminui nem se extingue.
O sofrimento de uma criança é de uma ordem tão monstruosa que, frequentemente, é usado como argumento para a negação da bondade divina. Não, não há salvação para quem faça sofrer uma criança, que isto se grave indelevelmente nos vossos espíritos. O simples facto de consentirmos que milhões e milhões de crianças padeçam fome, e reguem com as suas lágrimas a terra onde terão ainda de lutar um dia pela justiça e pela liberdade, prova bem que não somos filhos de Deus. "
Eugénio de Andrade, in 'Rosto Precário'
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Conselhos de um Velho Apaixonado
Quando encontrar alguém e esse alguém fizer
seu coração parar de funcionar por alguns segundos,
preste atenção: pode ser a pessoa
mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento,
houver o mesmo brilho intenso entre eles,
fique alerta: pode ser a pessoa que você está
esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo
for apaixonante, e os olhos se encherem
d'água neste momento, perceba:
existe algo mágico entre vocês.
Se o 1º e o último pensamento do seu dia
for essa pessoa, se a vontade de ficar
juntos chegar a apertar o coração, agradeça:
Algo do céu te mandou
um presente divino : O AMOR.
Se um dia tiverem que pedir perdão um
ao outro por algum motivo e, em troca,
receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos
e os gestos valerem mais que mil palavras,
entregue-se: vocês foram feitos um pro outro.
Se por algum motivo você estiver triste,
se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa
sofrer o seu sofrimento, chorar as suas
lágrimas e enxugá-las com ternura, que
coisa maravilhosa: você poderá contar
com ela em qualquer momento de sua vida.
Se você conseguir, em pensamento, sentir
o cheiro da pessoa como
se ela estivesse ali do seu lado...
Se você achar a pessoa maravilhosamente linda,
mesmo ela estando de pijamas velhos,
chinelos de dedo e cabelos emaranhados...
Se você não consegue trabalhar direito o dia todo,
ansioso pelo encontro que está marcado para a noite...
Se você não consegue imaginar, de maneira
nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado...
Se você tiver a certeza que vai ver a outra
envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção
que vai continuar sendo louco por ela...
Se você preferir fechar os olhos, antes de ver
a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida.
Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes
na vida poucas amam ou encontram um amor verdadeiro.
Às vezes encontram e, por não prestarem atenção
nesses sinais, deixam o amor passar,
sem deixá-lo acontecer verdadeiramente.
É o livre-arbítrio. Por isso, preste atenção nos sinais.
Não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem
cego para a melhor coisa da vida: o AMOR !!!
SOLIDARIEDADE
Solidariedade... É uma palavra diferente.
É uma palavra que incomoda um pouco...
Incomoda porque embora seja difícil de pronunciar, é o seu verdadeiro significado que “faz mexer”...
Fundamenta-se em valores que não conseguimos quantificar por maior que seja o número em euros (ou a falta deles).
Mas o que é a Solidariedade?
O que é ser solidário?
Lanço-vos o desfio de lerem esta mensagem até ao fim. Apenas isso.
Ser Solidário, é acima de tudo, respeitar, incondicionalmente tudo o que nos rodeia...
Ser Solidário, é sentir a necessidade ínfima de partilhar...
Ser Solidário, é perceber que as diferenças só existem porque é mais fácil criar distâncias do que gerir dificuldades...
Ser Solidário, é sentir que é possível mudar, o que está errado e que para isso basta acreditar...
Ser Solidário, é querer ir mais além, é ser mais alto interiormente, é ser maior de coração...
Ser Solidário, é perceber que a alegria de dar é indiscutivelmente superior à de receber...
Ser Solidário, é estender a mão, sem olhar à cor, ao sexo, ao estatuto social (ou à falta dele) e à conta bancária (desculpem-me a ironia)...
Parece-vos utópico tudo isto?
Um romancezeco-semi-sonho com final feliz?
Não é, garanto-vos!
Apenas defendo, porque acredito, que a interiorização de um sentimento desta índole, torna-nos efectivamente “pessoas melhores “...
E Solidariedade só quando é Natal?
Ou quando a Natureza “avisa” que ainda manda nisto tudo??
NÃO!!! NATAL É QUANDO UM HOMEM QUISER!!!
Sermos solidários, quando percebermos que é possível fazer alguma coisa, dizer NÃO, ao egoísmo em que todos vivemos, ao nosso fácil acomodamento, face à miséria, à solidão; à injustiça social e a tantas mas tantas coisas mais...
É mais fácil pensar que não é connosco se algo de profundamente errado e injusto se passa ao nosso lado:
- Sabia que há pessoas a passar fome?
- Sabia que há crianças com apenas poucos meses que vivem em carros abandonados?
- Sabia que há crianças que têm como companheiros de brincadeiras, nos seus “pseudo-quartos”, muitas baratas, e até cobras?
- Sabia que há famílias como a minha e como a sua a viver em currais de porcos e outras “habitações afins”?
- Sabia que se pode morrer de solidão?
Se não sabia, ficou a saber que tudo isto é real e que se passa bem mais perto de si do que pensa… CONSEGUE, AINDA ASSIM, SENTIR-SE UMA PESSOA FELIZ???
Vivemos num mundo de quimeras adiadas, frustradas e cansadas...
Num mundo de mácula, atolado de “mentes vazias” perdidas no seu “ego”, na sua majestosa moradia, nos seus carros topo de gama...
Completamente mergulhados numa vida egocêntrica, que nos condena irreversivelmente à solidão. Acredita que podemos mudar isto?
Eu acredito, porque afinal a DISTÂNCIA É A DE UM PASSO.
Desconheço o autor deste texto, e agradeço a quem me souber informar, para que receba os devidos créditos. Faço minhas as suas palavras!
É uma palavra que incomoda um pouco...
Incomoda porque embora seja difícil de pronunciar, é o seu verdadeiro significado que “faz mexer”...
Fundamenta-se em valores que não conseguimos quantificar por maior que seja o número em euros (ou a falta deles).
Mas o que é a Solidariedade?
O que é ser solidário?
Lanço-vos o desfio de lerem esta mensagem até ao fim. Apenas isso.
Ser Solidário, é acima de tudo, respeitar, incondicionalmente tudo o que nos rodeia...
Ser Solidário, é sentir a necessidade ínfima de partilhar...
Ser Solidário, é perceber que as diferenças só existem porque é mais fácil criar distâncias do que gerir dificuldades...
Ser Solidário, é sentir que é possível mudar, o que está errado e que para isso basta acreditar...
Ser Solidário, é querer ir mais além, é ser mais alto interiormente, é ser maior de coração...
Ser Solidário, é perceber que a alegria de dar é indiscutivelmente superior à de receber...
Ser Solidário, é estender a mão, sem olhar à cor, ao sexo, ao estatuto social (ou à falta dele) e à conta bancária (desculpem-me a ironia)...
Parece-vos utópico tudo isto?
Um romancezeco-semi-sonho com final feliz?
Não é, garanto-vos!
Apenas defendo, porque acredito, que a interiorização de um sentimento desta índole, torna-nos efectivamente “pessoas melhores “...
E Solidariedade só quando é Natal?
Ou quando a Natureza “avisa” que ainda manda nisto tudo??
NÃO!!! NATAL É QUANDO UM HOMEM QUISER!!!
Sermos solidários, quando percebermos que é possível fazer alguma coisa, dizer NÃO, ao egoísmo em que todos vivemos, ao nosso fácil acomodamento, face à miséria, à solidão; à injustiça social e a tantas mas tantas coisas mais...
É mais fácil pensar que não é connosco se algo de profundamente errado e injusto se passa ao nosso lado:
- Sabia que há pessoas a passar fome?
- Sabia que há crianças com apenas poucos meses que vivem em carros abandonados?
- Sabia que há crianças que têm como companheiros de brincadeiras, nos seus “pseudo-quartos”, muitas baratas, e até cobras?
- Sabia que há famílias como a minha e como a sua a viver em currais de porcos e outras “habitações afins”?
- Sabia que se pode morrer de solidão?
Se não sabia, ficou a saber que tudo isto é real e que se passa bem mais perto de si do que pensa… CONSEGUE, AINDA ASSIM, SENTIR-SE UMA PESSOA FELIZ???
Vivemos num mundo de quimeras adiadas, frustradas e cansadas...
Num mundo de mácula, atolado de “mentes vazias” perdidas no seu “ego”, na sua majestosa moradia, nos seus carros topo de gama...
Completamente mergulhados numa vida egocêntrica, que nos condena irreversivelmente à solidão. Acredita que podemos mudar isto?
Eu acredito, porque afinal a DISTÂNCIA É A DE UM PASSO.
Desconheço o autor deste texto, e agradeço a quem me souber informar, para que receba os devidos créditos. Faço minhas as suas palavras!
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Os Anjos da Guarda
O Dia dos fiéis defuntos, Dia dos mortos ou Dia de finados é celebrado pela Igreja Católica no dia 2 de Novembro, logo a seguir ao dia de Todos-os-Santos.
Este dia foi instituído para que as pessoas não se esquecessem de rezar pelas pessoas que já tinham morrido.
Muitas pessoas acreditam que quando alguém morre, transforma-se num anjo e vai para o céu.
Hoje, deixo aqui uma história chamada "Os Anjos da Guarda", escrita por António Torrado.
Um vagabundo resolveu arranjar casa.
- Chega de dormir ao relento e de andar por aí, a vadiar, sem eira nem beira - disse o vagabundo. - Vou fazer uma casa só para mim.
Escolheu um sítio recatado, numa terra de ninguém, e lançou-se ao trabalho. No primeiro dia, desbastou o terreno e alisou-o. Depois, foi à vida.
Este vagabundo chamava-se Joanete.
Por coincidência, outro vagabundo também pensou que já estava em tempo de ter uma casa. Para poder levar a sua avante, tinha de procurar onde construí-la. Deu com o terreno, alisado pelo vagabundo Joanete, e disse:
- Aqui é que me calha. Está limpo e pronto para a construção. Agora é só cavar as fundações e arranjar uns troncos grossos, que segurem as paredes.
Foi o que fez. Depois, foi à vida.
Este vagabundo chamava-se Pé-leve.
Quando o primeiro vagabundo, o Joanete, regressou ao trabalho e viu os buracos feitos e os troncos alinhados, ficou, como é de imaginar, muito contente.
- Anda um anjo a ajudar-me - pensou.
Aplicou os troncos e foi cortar madeira para as paredes. Depois, como não tinha pregos para pregá-las, foi comprá-los.
O Pé-leve, quando chegou e viu os troncos enterrados nos buracos e a madeira empilhada, pensou:
- Tenho um anjo ao meu serviço.
E foi comprar pregos.
Entretanto, regressou o Joanete. Pregou a madeira e levantou as paredes.
O telhado deixou para depois. Foi dar um passeio.
Quando o Pé-leve voltou e viu as paredes prontas, disse:
- Tenho de ajudar o meu anjo da guarda.
E levantou o telhado. Depois foi procurar de comer.
O Joanete, acabado o passeio, vendo o telhado pronto, disse:
- O meu anjo é um portento. Só falta o soalho e uns móveis.
Foi no que se aplicou. Assoalhada a casa e mobilada, no seu essencial, só faltava habitá-la. Estava uma lindeza. Uma porta, duas janelas, uma chaminé. Que mais queria?
E o vagabundo Joanete, encantado com a sua obra, ajoelhou-se e, de mãos postas, agradeceu a mãozinha ajudadeira do seu anjo da guarda.
Mas uma voz indignada interrompeu-lhe a oração:
- Que pouca vergonha é esta? Quem o mandou entrar na minha casa?
Era o Pé-leve.
Levantou-se o Joanete e fez-lhe frente:
- A sua casa? Com que direito? Ainda agora a assoalhei e mobilei.
- Então e eu que levantei o telhado? - repontou o Pé-leve.
- Então e eu que levantei as paredes? - retorquiu o Joanete.
- E eu que cavei as fundações?
- E eu que alisei o terreno?
Pararam de altercar. Olharam um para o outro, ambos de boca aberta.
- Tu é que eras o meu anjo da guarda? - apontou o Joanete para o Pé-leve.
- O meu anjo da guarda eras tu? - apontou o Pé-leve para o Joanete.
Caíram nos braços um do outro.
E ficaram a viver juntos.
Este dia foi instituído para que as pessoas não se esquecessem de rezar pelas pessoas que já tinham morrido.
Muitas pessoas acreditam que quando alguém morre, transforma-se num anjo e vai para o céu.
Hoje, deixo aqui uma história chamada "Os Anjos da Guarda", escrita por António Torrado.
Os Anjos da Guarda
Um vagabundo resolveu arranjar casa.
- Chega de dormir ao relento e de andar por aí, a vadiar, sem eira nem beira - disse o vagabundo. - Vou fazer uma casa só para mim.
Escolheu um sítio recatado, numa terra de ninguém, e lançou-se ao trabalho. No primeiro dia, desbastou o terreno e alisou-o. Depois, foi à vida.
Este vagabundo chamava-se Joanete.
Por coincidência, outro vagabundo também pensou que já estava em tempo de ter uma casa. Para poder levar a sua avante, tinha de procurar onde construí-la. Deu com o terreno, alisado pelo vagabundo Joanete, e disse:
- Aqui é que me calha. Está limpo e pronto para a construção. Agora é só cavar as fundações e arranjar uns troncos grossos, que segurem as paredes.
Foi o que fez. Depois, foi à vida.
Este vagabundo chamava-se Pé-leve.
Quando o primeiro vagabundo, o Joanete, regressou ao trabalho e viu os buracos feitos e os troncos alinhados, ficou, como é de imaginar, muito contente.
- Anda um anjo a ajudar-me - pensou.
Aplicou os troncos e foi cortar madeira para as paredes. Depois, como não tinha pregos para pregá-las, foi comprá-los.
O Pé-leve, quando chegou e viu os troncos enterrados nos buracos e a madeira empilhada, pensou:
- Tenho um anjo ao meu serviço.
E foi comprar pregos.
Entretanto, regressou o Joanete. Pregou a madeira e levantou as paredes.
O telhado deixou para depois. Foi dar um passeio.
Quando o Pé-leve voltou e viu as paredes prontas, disse:
- Tenho de ajudar o meu anjo da guarda.
E levantou o telhado. Depois foi procurar de comer.
O Joanete, acabado o passeio, vendo o telhado pronto, disse:
- O meu anjo é um portento. Só falta o soalho e uns móveis.
Foi no que se aplicou. Assoalhada a casa e mobilada, no seu essencial, só faltava habitá-la. Estava uma lindeza. Uma porta, duas janelas, uma chaminé. Que mais queria?
E o vagabundo Joanete, encantado com a sua obra, ajoelhou-se e, de mãos postas, agradeceu a mãozinha ajudadeira do seu anjo da guarda.
Mas uma voz indignada interrompeu-lhe a oração:
- Que pouca vergonha é esta? Quem o mandou entrar na minha casa?
Era o Pé-leve.
Levantou-se o Joanete e fez-lhe frente:
- A sua casa? Com que direito? Ainda agora a assoalhei e mobilei.
- Então e eu que levantei o telhado? - repontou o Pé-leve.
- Então e eu que levantei as paredes? - retorquiu o Joanete.
- E eu que cavei as fundações?
- E eu que alisei o terreno?
Pararam de altercar. Olharam um para o outro, ambos de boca aberta.
- Tu é que eras o meu anjo da guarda? - apontou o Joanete para o Pé-leve.
- O meu anjo da guarda eras tu? - apontou o Pé-leve para o Joanete.
Caíram nos braços um do outro.
E ficaram a viver juntos.
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Bolinhos dos Santos
Para comemorar o dia de ontem, aqui fica a receita dos "Bolinhos dos Santos".
Vai precisar de:
0,5kg de batata doce,
250gr.de farinha,
250gr de açúcar,
1 ou 2 ovos,
1colher de chá de fermento em pó,
uma pitada de erva doce,
1 pitada de sal.
Cozer as batatas e reduzi-las a puré (se cozer as batatas com umas gotinhas de limão, evita que elas fiquem escuras). Misturar o açúcar, a farinha, os ovos, o sal, a erva doce e o fermento. Amassar muito bem. Por fim juntar o recheio (passas, nozes, etc...). Moldar os bolinhos, pincelar com ovo batido e levar a cozer no forno.
Deixo ainda duas quadras que era costume recitar quando se pedia o "Pão-por-Deus":
Vai precisar de:
0,5kg de batata doce,
250gr.de farinha,
250gr de açúcar,
1 ou 2 ovos,
1colher de chá de fermento em pó,
uma pitada de erva doce,
1 pitada de sal.
Cozer as batatas e reduzi-las a puré (se cozer as batatas com umas gotinhas de limão, evita que elas fiquem escuras). Misturar o açúcar, a farinha, os ovos, o sal, a erva doce e o fermento. Amassar muito bem. Por fim juntar o recheio (passas, nozes, etc...). Moldar os bolinhos, pincelar com ovo batido e levar a cozer no forno.
Deixo ainda duas quadras que era costume recitar quando se pedia o "Pão-por-Deus":
Lá vai o meu coração
Sozinho sem mais niguém
Vai pedir o Pão-por-Deus
A quem quero tanto bem
Pão por Deus
Que Deus me deu
Uma esmolinha
Por alma dos seus
Tudo se acaba!
Olá, Amigos!
Ontem foi feriado: Dia de Todos os Santos, celebração em honra de todos os santos e mártires, conhecidos ou não.
Este dia surgiu com o objectivo de suprir quaisquer faltas dos fiéis em recordar os santos nas celebrações das festas ao longo do ano. Esta tradição de recordar os santos está na origem da composição do calendário litúrgico, em que constavam inicialmente as datas de aniversário da morte dos cristãos martirizados como testemunho pela sua fé, realizando-se nelas orações, missas e vigílias, habitualmente no mesmo local ou nas imediações de onde foram mortos, como acontecia em redor do Coliseu de Roma. Posteriormente tornou-se hábito erigirem igrejas e basílicas dedicadas em sua memória nesses mesmos locais.
Com o avançar do tempo, mais homens e mulheres se sucederam como exemplos de santidade e foram com estas honras reconhecidos e divulgados por todo o mundo.
Ontem, para muitas pessoas, em que me incluo, foi dia de nos lembrarmos de santos e menos santos, muitos que deixaram um rasto de bondade e generosidade, de referência, de um sorriso, de um abraço, pessoas que marcaram a nossa vida, desde pais, irmãos, avós, outros laços familiares, amigos, etc. Pessoas que na verdade estão lá em cima, como estrela-guia, a olharem por nós...
Em Portugal, neste Dia de Todos os Santos, era tradição as crianças saírem à rua e juntar-se em pequenos grupos para pedir o pão-por-deus de porta em porta. As crianças quando pediam o pão-por-deus recitavam versos e recebiam como oferenda: pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, amêndoas, ou castanhas que colocavam dentro dos seus sacos de pano.
Pena, hoje, já não ser assim!
Façam o favor de ser felizes e de fazer alguém feliz!
Ontem foi feriado: Dia de Todos os Santos, celebração em honra de todos os santos e mártires, conhecidos ou não.
Este dia surgiu com o objectivo de suprir quaisquer faltas dos fiéis em recordar os santos nas celebrações das festas ao longo do ano. Esta tradição de recordar os santos está na origem da composição do calendário litúrgico, em que constavam inicialmente as datas de aniversário da morte dos cristãos martirizados como testemunho pela sua fé, realizando-se nelas orações, missas e vigílias, habitualmente no mesmo local ou nas imediações de onde foram mortos, como acontecia em redor do Coliseu de Roma. Posteriormente tornou-se hábito erigirem igrejas e basílicas dedicadas em sua memória nesses mesmos locais.
Com o avançar do tempo, mais homens e mulheres se sucederam como exemplos de santidade e foram com estas honras reconhecidos e divulgados por todo o mundo.
Ontem, para muitas pessoas, em que me incluo, foi dia de nos lembrarmos de santos e menos santos, muitos que deixaram um rasto de bondade e generosidade, de referência, de um sorriso, de um abraço, pessoas que marcaram a nossa vida, desde pais, irmãos, avós, outros laços familiares, amigos, etc. Pessoas que na verdade estão lá em cima, como estrela-guia, a olharem por nós...
Em Portugal, neste Dia de Todos os Santos, era tradição as crianças saírem à rua e juntar-se em pequenos grupos para pedir o pão-por-deus de porta em porta. As crianças quando pediam o pão-por-deus recitavam versos e recebiam como oferenda: pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, amêndoas, ou castanhas que colocavam dentro dos seus sacos de pano.
Pena, hoje, já não ser assim!
Façam o favor de ser felizes e de fazer alguém feliz!
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sexta-feira, 29 de outubro de 2010
TRANSTORNO BIPOLAR
Trabalho de 2º Semestre de Psicologia, elaborado por Bianca Giulliani, Chinaira Raiazac, Vanessa Mastropasqua.
Tema: Transtorno Bipolar
Assunto: O transtorno e a convivência familiar e social, funcionamento orgânico, funcionamento psicológico, farmacologia, possíveis causas, depoimentos...
sábado, 16 de outubro de 2010
SANTA IGNORÂNCIA!
Vou postar algo que me foi enviado por um grande Amigo! Achei tão divertido que decidi partilhar.
Os Lusíadas
Numa manhã, a professora pergunta ao aluno:
- Diz-me lá quem escreveu 'Os Lusíadas'?
O aluno, a gaguejar, responde:
- Não sei, Sra. Professora, mas eu não fui.
E começa a chorar. A professora, furiosa, diz-lhe:
- Pois então, de tarde, quero falar com o teu pai.
Em conversa com o pai, a professora faz-lhe queixa:
- Não percebo o seu filho. Perguntei-lhe quem escreveu 'Os Lusíadas' e ele respondeu-me que não sabia, que não foi ele...
Diz o pai:
- Bem, ele não costuma ser mentiroso, se diz que não foi ele, é porque não foi. Já se fosse o irmão...
Irritada com tanta ignorância, a professora resolve ir para casa e, na passagem pelo posto local da G.N.R., diz-lhe o comandante:
- Parece que o dia não lhe correu muito bem...
- Pois não, imagine que perguntei a um aluno quem escreveu 'Os Lusíadas'; respondeu-me que não sabia, que não foi ele, e começou a chorar.
O comandante do posto:
- Não se preocupe. Chamamos cá o miúdo, damos-lhe um 'aperto', vai ver que ele confessa tudo!
Com os cabelos em pé, a professora chega a casa e encontra o marido sentado no sofá, a ler o jornal. Pergunta-lhe este:
- Então o dia correu bem?
- Ora, deixa-me cá ver. Hoje perguntei a um aluno quem escreveu 'Os Lusíadas'. Começou a gaguejar, que não sabia, que não tinha sido ele, e pôs-se a chorar. O pai diz-me que ele não costuma ser mentiroso. O comandante da G.N.R. quer chamá-lo e obrigá-lo a confessar. Que hei-de fazer a isto?
O marido, confortando-a:
- Olha, esquece. Janta, dorme e amanhã tudo se resolve. Vais ver que se calhar foste tu e já não te lembras...!
Os Lusíadas
Numa manhã, a professora pergunta ao aluno:
- Diz-me lá quem escreveu 'Os Lusíadas'?
O aluno, a gaguejar, responde:
- Não sei, Sra. Professora, mas eu não fui.
E começa a chorar. A professora, furiosa, diz-lhe:
- Pois então, de tarde, quero falar com o teu pai.
Em conversa com o pai, a professora faz-lhe queixa:
- Não percebo o seu filho. Perguntei-lhe quem escreveu 'Os Lusíadas' e ele respondeu-me que não sabia, que não foi ele...
Diz o pai:
- Bem, ele não costuma ser mentiroso, se diz que não foi ele, é porque não foi. Já se fosse o irmão...
Irritada com tanta ignorância, a professora resolve ir para casa e, na passagem pelo posto local da G.N.R., diz-lhe o comandante:
- Parece que o dia não lhe correu muito bem...
- Pois não, imagine que perguntei a um aluno quem escreveu 'Os Lusíadas'; respondeu-me que não sabia, que não foi ele, e começou a chorar.
O comandante do posto:
- Não se preocupe. Chamamos cá o miúdo, damos-lhe um 'aperto', vai ver que ele confessa tudo!
Com os cabelos em pé, a professora chega a casa e encontra o marido sentado no sofá, a ler o jornal. Pergunta-lhe este:
- Então o dia correu bem?
- Ora, deixa-me cá ver. Hoje perguntei a um aluno quem escreveu 'Os Lusíadas'. Começou a gaguejar, que não sabia, que não tinha sido ele, e pôs-se a chorar. O pai diz-me que ele não costuma ser mentiroso. O comandante da G.N.R. quer chamá-lo e obrigá-lo a confessar. Que hei-de fazer a isto?
O marido, confortando-a:
- Olha, esquece. Janta, dorme e amanhã tudo se resolve. Vais ver que se calhar foste tu e já não te lembras...!
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segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Fix You cover
Foi uma boa surpresa ver meu sobrinho tocar e cantar! Sinto muito a falta dele e do irmão!
I will always be here for you!
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
PRECE DE CARITAS
Deus, nosso Pai, que sois todo Poder e Bondade, dai força àquele que passa pela provação, dai luz àquele que procura a verdade; ponde no coração do homem a compaixão e a caridade!
Deus, Dai ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso.
Pai, Dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, e ao órfão o pai!
Senhor, que a Vossa Bondade se estenda sobre tudo o que criastes. Piedade, Senhor, para aquele que Vos não conhece, esperança para aquele que sofre. Que a Vossa Bondade permita aos espíritos consoladores derramarem por toda a parte a paz, a esperança e a fé.
Deus, um raio de luz, uma centelha do Vosso Amor pode abrasar a Terra; deixai-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão, todas as dores se acalmarão.
E um só coração, um só pensamento subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e de amor.
Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos, oh Poder!, oh Bondade!, oh Beleza!, oh Perfeição!, e queremos de alguma sorte merecer a Vossa Divina Misericórdia.
Deus, dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até Vós; dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a razão; dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas o espelho onde se refletirá a Vossa Imagem.
Fonte: Preces Espíritas, por Cairbar Schutel (Casa Editora O Clarim)
A “Prece de Caritas” é uma verdadeira poesia a Deus e, ao mesmo tempo, um ensinamento aos homens. Eleva o nosso espírito na busca da paz das almas que sofrem e passam por imensas provações, mas também tem o poder de reforçar a felicidade, de melhor compreendê-la, e de fazer reflectir sobre a força da fé, sobre a esperança, a resignação e o amor divino que nos acompanha nessa vida terrena, bem como sobre os desígnios de Deus e sua grande sabedoria.
Todas as vezes que ouço ou faço a prece de Caritas, é como se se abrisse um portal entre o céu e a terra, e de lá viessem o olhar amoroso do nosso pai celestial e nossa mãe Maria Santíssima, para nos aconchegar.
“Bendiga sempre a prece, seja qual for o seu credo. A prece é o grande remédio da alma, sempre eficaz quando nasce do coração, jamais fica sem resposta. Na alegria ou na tristeza, na penúria ou na abastança, na saúde ou na doença, busca o plano superior, busca o que você considera santo. Deus, Jesus, Nossa senhora, santos de sua devoção, benfeitores espirituais, e abra seu coração. O céu enviará luz ao seu espírito e tudo terá um encaminhamento melhor.” (Extraído da pág. 83, Romance Andaluz, Edison Carneiro, Editora Aliança – 1ª Edição)
“CÁRITAS era um espírito que se comunicava através de uma das grandes médiuns de sua época – Mme. W. Krell – em um grupo de Bordeaux (França), sendo ela uma das maiores psicografas da História do Espiritismo, em especial por transmitir poesia (que se constitui no ácido da psicografia), da lavra de Lamartine, André Chénier, Saint-Beuve e Alfred de Musset, além do próprio Edgard Allan Poe. Na prosa, recebeu ela mensagens de O Espírito da Verdade, Dumas, Larcordaire, Lamennais, Pascal, e dos gregos Ésopo e Fenelon.
“A prece de Caritas foi psicografada na noite de Natal, 25 de Dezembro, do ano de 1873, ditada pela suave Caritas, de quem são, ainda, as comunicações: “Como servir a religião espiritual”e “A esmola espiritual”.
“Todas as mensagens que Mme. W. Krell psicografada em transe, e, que chegaram até nós, encontram-se no livro Rayonnements de la Vie Spirituelle, publicado em Maio de 1875 em Bordeaux, inclusive, o próprio texto em francês (como foi transmitido) da Prece de Caritas.
(Extraído publ. EDICEL)
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Hipocrisia
A cartilha dos maldizentes foi sempre a hipocrisia.
É comum aos que sentem a fraqueza dos seus próprios argumentos iniciarem atacando a integridade ou honradez das pessoas ou coisas que desejam combater.
Quando alguém é chamado de “hipócrita”, existe sempre uma conotação negativa; porém tenho quase a certeza de que toda a gente já foi hipócrita um dia... Lembrando que o hipócrita nada mais é do que alguém que pensa de uma forma e age ou fala de outra, será que já não teremos todos atingido um nível inicial de hipocrisia (somente para não sermos comparados com alguns políticos que usando essa metodologia atingem o nível máximo).
Por um motivo qualquer, seja ele no trabalho, com alguém que respeitamos muito, um novo amigo, o primeiro encontro com a(o) pretendente… sei lá, mas que acontece, acontece, no meio da conversa a pessoa começa a falar de coisas que não vão de encontro aos nossos pensamentos e então temos três opções: ou ficamos quietos e o assunto morre e isso pode causar um ponto final na conversa; afirmamos os nossos pensamentos e contrariamos tudo, e dependendo do que seja esse "tudo", podemos pôr um ponto final no que diz respeito a conhecer melhor a pessoa; ou mexemos a cabeça de forma positiva e tornamo-nos um hipócrita, pelo menos momentaneamente e assim temos hipótese de expor os nossos pensamentos futuramente.
É a mais pura verdade: nem sempre podemos dizer o que pensamos de imediato; temos de conhecer a pessoa e ir devagar; se não agirmos hipocritamente no começo, em determinadas situações, o caminho pode ser curto e assim perdemos a oportunidade de vir a mostrar que estamos certos, ou pelo menos que não pensamos como ele.
Assim a hipocrisia, por incrível que pareça, faz parte do jogo, não acham?
É mais fácil ver os erros dos outros que os próprios. Espalham-se os defeitos dos outros como palha ao vento, mas escondem-se os próprios erros como um jogador trapaceiro. Se não tivéssemos tantos defeitos, não nos agradaria tanto notá-los nos outros. E se ficarmos a reparar nos defeitos das outras pessoas nunca iremos participar da vida, pois vamo-nos contentar com as nossas desculpas.
Ninguém julga o homem pelo mérito, mas unicamente pelas suas aparências. Às vezes procura-se parecer melhor do que o que se é. Outras vezes, procura-se parecer pior. Hipocrisia por hipocrisia, prefiro a segunda.
Vivemos numa sociedade de vitimização, onde as pessoas sentem-se muito mais à vontade sendo vitimizadas do que erguendo-se sozinhas. Gosta-se muito mais das pessoas quando elas são abatidas por um cerco extraordinário de desgraça do que quando elas triunfam.
Citando Nietzsche, “O homem procura um princípio em nome do qual possa desprezar o homem. Inventa outro mundo para poder caluniar e sujar este; de facto só capta o nada e faz desse nada um Deus, uma verdade, chamados a julgar e condenar esta existência.
Não se esqueça de que se você não contar a verdade sobre si mesmo, não pode contar a verdade sobre as outras pessoas.
Que tempo é o nosso? Há quem diga que é um tempo a que falta amor. Convenhamos que é, pelo menos, um tempo em que tudo o que era nobre foi degradado. A obsessão do lucro foi transformando o homem num objecto com preço marcado.
A sua grandeza reside nessa denúncia; a sua dignidade, em não pactuar com a mentira; a sua coragem, em arrancar máscaras e máscaras. Ninguém consegue usar máscara por muito tempo.
Para compreender as pessoas devo escutar o que elas não estão a dizer, o que elas talvez nunca venham a dizer.
É muito mais fácil fazer o público acreditar em mentira do que o inverso, pois há verdades que não inspiram confiança.
Infelizmente, a fraternidade é uma das mais belas invenções da hipocrisia social.
É comum aos que sentem a fraqueza dos seus próprios argumentos iniciarem atacando a integridade ou honradez das pessoas ou coisas que desejam combater.
Quando alguém é chamado de “hipócrita”, existe sempre uma conotação negativa; porém tenho quase a certeza de que toda a gente já foi hipócrita um dia... Lembrando que o hipócrita nada mais é do que alguém que pensa de uma forma e age ou fala de outra, será que já não teremos todos atingido um nível inicial de hipocrisia (somente para não sermos comparados com alguns políticos que usando essa metodologia atingem o nível máximo).
Por um motivo qualquer, seja ele no trabalho, com alguém que respeitamos muito, um novo amigo, o primeiro encontro com a(o) pretendente… sei lá, mas que acontece, acontece, no meio da conversa a pessoa começa a falar de coisas que não vão de encontro aos nossos pensamentos e então temos três opções: ou ficamos quietos e o assunto morre e isso pode causar um ponto final na conversa; afirmamos os nossos pensamentos e contrariamos tudo, e dependendo do que seja esse "tudo", podemos pôr um ponto final no que diz respeito a conhecer melhor a pessoa; ou mexemos a cabeça de forma positiva e tornamo-nos um hipócrita, pelo menos momentaneamente e assim temos hipótese de expor os nossos pensamentos futuramente.
É a mais pura verdade: nem sempre podemos dizer o que pensamos de imediato; temos de conhecer a pessoa e ir devagar; se não agirmos hipocritamente no começo, em determinadas situações, o caminho pode ser curto e assim perdemos a oportunidade de vir a mostrar que estamos certos, ou pelo menos que não pensamos como ele.
Assim a hipocrisia, por incrível que pareça, faz parte do jogo, não acham?
É mais fácil ver os erros dos outros que os próprios. Espalham-se os defeitos dos outros como palha ao vento, mas escondem-se os próprios erros como um jogador trapaceiro. Se não tivéssemos tantos defeitos, não nos agradaria tanto notá-los nos outros. E se ficarmos a reparar nos defeitos das outras pessoas nunca iremos participar da vida, pois vamo-nos contentar com as nossas desculpas.
Ninguém julga o homem pelo mérito, mas unicamente pelas suas aparências. Às vezes procura-se parecer melhor do que o que se é. Outras vezes, procura-se parecer pior. Hipocrisia por hipocrisia, prefiro a segunda.
Vivemos numa sociedade de vitimização, onde as pessoas sentem-se muito mais à vontade sendo vitimizadas do que erguendo-se sozinhas. Gosta-se muito mais das pessoas quando elas são abatidas por um cerco extraordinário de desgraça do que quando elas triunfam.
Citando Nietzsche, “O homem procura um princípio em nome do qual possa desprezar o homem. Inventa outro mundo para poder caluniar e sujar este; de facto só capta o nada e faz desse nada um Deus, uma verdade, chamados a julgar e condenar esta existência.
Não se esqueça de que se você não contar a verdade sobre si mesmo, não pode contar a verdade sobre as outras pessoas.
Que tempo é o nosso? Há quem diga que é um tempo a que falta amor. Convenhamos que é, pelo menos, um tempo em que tudo o que era nobre foi degradado. A obsessão do lucro foi transformando o homem num objecto com preço marcado.
A sua grandeza reside nessa denúncia; a sua dignidade, em não pactuar com a mentira; a sua coragem, em arrancar máscaras e máscaras. Ninguém consegue usar máscara por muito tempo.
Para compreender as pessoas devo escutar o que elas não estão a dizer, o que elas talvez nunca venham a dizer.
É muito mais fácil fazer o público acreditar em mentira do que o inverso, pois há verdades que não inspiram confiança.
Infelizmente, a fraternidade é uma das mais belas invenções da hipocrisia social.
sábado, 18 de setembro de 2010
O AMOR
"Eu poderia falar todas as línguas que são faladas na terra e até no céu, mas, se não tivesse amor, as minhas palavras seriam como o som de um gongo ou como o barulho de um sino.
Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender todos os segredos e ter tanta fé, que até poderia tirar as montanhas do seu lugar, mas, se não tivesse amor, eu não seria nada.
Poderia dar tudo o que tenho e até mesmo entregar o meu corpo para ser queimado, mas, se eu não tivesse amor, isso não me adiantaria nada.
Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso.
Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas.
Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo.
Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência.
O amor é eterno. Existem mensagens espirituais, porém elas durarão pouco. Existe o dom de falar em línguas estranhas, mas acabará logo. Existe o conhecimento, mas também terminará.
Pois os nossos dons de conhecimento e as nossas mensagens espirituais são imperfeitos. Mas, quando vier o que é perfeito, então o que é imperfeito desaparecerá. Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança e pensava como criança. Agora que sou adulto, parei de agir como criança.
O que agora vemos é como uma imagem imperfeita num espelho embaçado, mas depois veremos face a face. Agora o meu conhecimento é imperfeito, mas depois conhecerei perfeitamente, assim como sou conhecido por Deus. Portanto, agora existem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor. Porém a maior delas é o amor".
I Coríntios 13
Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender todos os segredos e ter tanta fé, que até poderia tirar as montanhas do seu lugar, mas, se não tivesse amor, eu não seria nada.
Poderia dar tudo o que tenho e até mesmo entregar o meu corpo para ser queimado, mas, se eu não tivesse amor, isso não me adiantaria nada.
Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso.
Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas.
Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo.
Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência.
O amor é eterno. Existem mensagens espirituais, porém elas durarão pouco. Existe o dom de falar em línguas estranhas, mas acabará logo. Existe o conhecimento, mas também terminará.
Pois os nossos dons de conhecimento e as nossas mensagens espirituais são imperfeitos. Mas, quando vier o que é perfeito, então o que é imperfeito desaparecerá. Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança e pensava como criança. Agora que sou adulto, parei de agir como criança.
O que agora vemos é como uma imagem imperfeita num espelho embaçado, mas depois veremos face a face. Agora o meu conhecimento é imperfeito, mas depois conhecerei perfeitamente, assim como sou conhecido por Deus. Portanto, agora existem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor. Porém a maior delas é o amor".
I Coríntios 13
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Estado Não Sabe Proteger Menores
Meus Amigos,
As crianças, os idosos, no fundo, os mais desfavorecidos sempre foram alvo da minha máxima atenção e preocupação!
Hoje, decidi partilhar convosco, e futuramente perceberão porquê, uma notícia publicada no Jornal Metro, desconheço a data, mas foi tal como ma enviaram.
As crianças, os idosos, no fundo, os mais desfavorecidos sempre foram alvo da minha máxima atenção e preocupação!
Hoje, decidi partilhar convosco, e futuramente perceberão porquê, uma notícia publicada no Jornal Metro, desconheço a data, mas foi tal como ma enviaram.
Por ora termino com esta Máxima Oriental: "Quem luta pela vida pode não vencer, mas certamente, não será culpado pela derrota."
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Convenção sobre os Direitos da Criança
A Declaração dos Direitos da Criança tem 10 princípios que devem ser respeitados por todos para que as crianças possam viver dignamente, com muito amor e carinho. Nós temos o dever de proteger e valorizar as nossas crianças pois não devemos esquecer que elas serão o nosso futuro. Nem sempre assim é! E pior que tudo, a maior parte das vezes, nem reparamos que mesmo do nosso lado, existe uma criança a padecer desse mal!
A Convenção sobre os Direitos da Criança
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Uma Flor
Um dia, uma flor grande e amarela, abriu suas pétalas perfumadas e disse para o sol:
- Inunda-me com teus raios, ilumina-me com tua luz, cativa-me com teu calor, abraça-me com tua força, ama-me com teu coração de fogo!
E o sol, tão grande e humilde, retrucou meio encabulado:
- Sei que não sou digno de tão grande ventura, mas, pelo que me pedes, amar-te-ei por amor do amor somente e serei teu eternamente.
A cada manhã, a mesma história se repete: a flor se oferecendo ao sol e o sol se derramando sobre a flor. Quando o sol não aparece, a flor se recolhe, mas fica à sua espera. E quando o sol se levanta, ela, então, se reapruma, se pinta de cores e abre-se em festa num êxtase apaixonado de amor.
Frei Neylor J. Tonin, OFM
- Inunda-me com teus raios, ilumina-me com tua luz, cativa-me com teu calor, abraça-me com tua força, ama-me com teu coração de fogo!
E o sol, tão grande e humilde, retrucou meio encabulado:
- Sei que não sou digno de tão grande ventura, mas, pelo que me pedes, amar-te-ei por amor do amor somente e serei teu eternamente.
A cada manhã, a mesma história se repete: a flor se oferecendo ao sol e o sol se derramando sobre a flor. Quando o sol não aparece, a flor se recolhe, mas fica à sua espera. E quando o sol se levanta, ela, então, se reapruma, se pinta de cores e abre-se em festa num êxtase apaixonado de amor.
Frei Neylor J. Tonin, OFM
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
A NOSSA CRUZ
Senhor,
Não te peço que me troques a cruz.
Ajuda-me a carregá-la.
Não te peço que encurtes o caminho.
Venha comigo, conversando.
Não te peço que me troques a água em vinho.
Dá-me de beber o que for do teu agrado.
Se me deixas chorar,
é porque me amas assim.
Havendo apenas risos,
sem sabermos do sofrimento,
é difícil exercer a bondade.
Se consentes que me firam
é para que eu saiba amar.
Porque só existe amor
onde houver perdão.
E só os feridos têm o que perdoar.
Não te peço que troques a cruz.
Ajuda-me a carregá-la!
Fonte: Paulinas Editora (www.paulinas.org.br)
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Mensagem para os pais que usam os filhos como arma de arremesso para atingir a mãe deles… ou v.v.
Nem sempre acontece, mas qualquer pai deveria fazer a sua vida em função dos seus filhos. Pelo contrário, muitos pais vêm exigindo que os fihos façam a vida deles em função da sua. Não pode ser! As crianças não são meros objectos que um pai leva e traz e usa a seu belo prazer! Infelizmente conheço bem esta realidade! E lamento pelos meus filhos, que mereciam melhor sorte!
Ser pai é mais do que gerar um filho, mais do que transmitir os seus genes para a posteridade; antes é uma missão, a missão de ensinar os seus filhos a serem melhores, e melhores que nós mesmos. Fazer um mundo melhor, mais humano, mais justo. Cada atitude é mais do que um simples falar, é uma lição de vida, de carinho e de amor.
Ser pai é dar muito valor à mãe dos seus filhos; não poderíamos ser pais sem as mães; a mãe é tão importante que Deus quando trouxe o seu próprio Filho, pediu a ajuda de uma mulher para poder gerá-lo. É lembrar das suas dores e do seu esforço durante nove meses; seria importante que todos os pais se lembrassem do amor de uma mãe pelos seus filhos.
Ser pai é estar presente, ser presente, custe o que custar: dinheiro, esforço, tempo.
A prioridade de um pai com um mínimo de sensatez é assegurar uma educação de qualidade para o filho.
Ser pai é estar sempre atento aos ensinamentos deles, por mais dolorosos que sejam. São eles que nos mostram as dores e delícias da maturidade, após serem vítimas, tantas vezes, da nossa imaturidade.
Ser pai e ser mãe é ter muito amor para dar: é privar-se de alguma coisa para que o filho tenha mais; é renunciar a um passatempo para se ocupar do filho; é passar a noite em claro porque o filho sofre; é ajudar o filho quando se chega muito cansado; é aceitar diminuir para que o filho possa crescer; é deixar de ser para que o filho seja… Ser pai e ser mãe é amar!
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