domingo, 10 de janeiro de 2016
Eu não sei ao certo...
Eu não sei ao certo, mas suponho
que uma mulher e um homem
um dia se amam,
vão ficando sozinhos pouco a pouco,
algo em seu coração lhes diz que estão sós,
sós sob a terra se penetram,
vão-se matando um ao outro.
Tudo se faz em silêncio. Como
a luz se faz dentro dos olhos.
O amor une corpos.
Em silêncio vão-se enchendo um ao outro.
Qualquer dia acordam sobre braços;
pensam então em tudo.
Vêem-se nus e sabem tudo.
(Eu não sei ao certo. Suponho-o).
Jaime Sabines
México, Tuxtla Gutiérrez 1926 – Cidade do México 1999
Trad. José Bento in Rosa do Mundo – 2001 poemas para o futuro
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário