Amigos,
Não esqueçam:
No fim-de-semana de 4 e 5 de Dezembro visitem a tendinha da Rosto Solidário que estará no Seminário Passionista, em Santa Maria da Feira, com roupa, calçado, acessórios, artigos de decoração… Podem encontrar tudo isto e muito mais na 4ª Feirinha da Pechincha. Comprem produtos a um preço simpático com a certeza que o valor reverterá para os projectos, desta organização, em Portugal e Angola.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
sábado, 27 de novembro de 2010
Campanha contra a violência infantil
Como eu gostaria que tantos pais tivessem isto em consideração!
Pensando nos meus Filhotes...
"A mais bela palavra do Homem é "Mãe", "Minha Mãe" sua mais doce invocação. É palavra de amor e esperança, palavra doce e meiga que nasce nas profundezas do coração."
In Asas Quebradas, Kahil Gibran
In Asas Quebradas, Kahil Gibran
SOBRE A PAZ
"Haverá paz na terra enquanto os filhos da miséria trabalham o campo como escravos para alimentar os poderosos e encher o estômago dos tiranos? Quando virá a paz salvá-los das garras da indigência?
O que é a paz? Existe paz nos olhos dos bebés que nos frios casebres sugam os peitos ressequidos das mães esfomeadas? Existe paz nas miseráveis barracas de quem tem fome e dorme sobre duro leito e suplica por um pedaço da comida com que os sacerdotes e monges alimentam os gordos porcos?"
In Os Segredos do Coração, Kahil Gibran
O que é a paz? Existe paz nos olhos dos bebés que nos frios casebres sugam os peitos ressequidos das mães esfomeadas? Existe paz nas miseráveis barracas de quem tem fome e dorme sobre duro leito e suplica por um pedaço da comida com que os sacerdotes e monges alimentam os gordos porcos?"
In Os Segredos do Coração, Kahil Gibran
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quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Mark Blyth: A austeridade é uma ideia perigosa
É uma visão interessante da crise. Desdramatizá-la ou enfrentá-la?
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Gratidão II
Na sequência do post anterior queria acrescentar:
A vida nem sempre é justa, mas é a vida que temos e não podemos fazer mais do que dar o melhor de nós ao mundo, agradecer pelo que temos e ter esperança que dias melhores virão. Não entendemos muitas coisas que acontecem no mundo, o Homem é cruel para o seu semelhante, o nosso planeta sofre algumas intempéries que não entendemos, mas mesmo assim é o mundo que temos e cabe a nós fazer o que podemos para o tornar um pouco melhor...
Mesmo depois de uma tragédia da natureza, ainda há quem aceite o que a vida lhe trouxe, com tristeza, mas arranja força e continua; gente que, mesmo no meio da pobreza se sentem gratos por tudo o que ainda têm, tudo o que lhes foi poupado. Os que continuaram a viver por certo estão gratos pela sua vida, por ainda terem uma casa, embora pequena, velha ou em mau estado, o que importa é que ainda têm um lugar para viver, há tantos que ficam bem pior...
Há que ter fé, arregaçar as mangas… com força e coragem, tudo ficará melhor.
Como já disse, muitas vezes a vida não é justa para aquele que lhe foi justo, mas a única coisa que podemos fazer é estar-lhe gratos ainda assim... Enquanto estivermos vivos, é motivo para agradecimento, pois por algum motivo ainda andamos por cá!
A vida nem sempre é justa, mas é a vida que temos e não podemos fazer mais do que dar o melhor de nós ao mundo, agradecer pelo que temos e ter esperança que dias melhores virão. Não entendemos muitas coisas que acontecem no mundo, o Homem é cruel para o seu semelhante, o nosso planeta sofre algumas intempéries que não entendemos, mas mesmo assim é o mundo que temos e cabe a nós fazer o que podemos para o tornar um pouco melhor...
Mesmo depois de uma tragédia da natureza, ainda há quem aceite o que a vida lhe trouxe, com tristeza, mas arranja força e continua; gente que, mesmo no meio da pobreza se sentem gratos por tudo o que ainda têm, tudo o que lhes foi poupado. Os que continuaram a viver por certo estão gratos pela sua vida, por ainda terem uma casa, embora pequena, velha ou em mau estado, o que importa é que ainda têm um lugar para viver, há tantos que ficam bem pior...
Há que ter fé, arregaçar as mangas… com força e coragem, tudo ficará melhor.
Como já disse, muitas vezes a vida não é justa para aquele que lhe foi justo, mas a única coisa que podemos fazer é estar-lhe gratos ainda assim... Enquanto estivermos vivos, é motivo para agradecimento, pois por algum motivo ainda andamos por cá!
terça-feira, 23 de novembro de 2010
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Em Louvor das Crianças
"Se há na terra um reino que nos seja familiar e ao mesmo tempo estranho, fechado nos seus limites e simultaneamente sem fronteiras, esse reino é o da infância. A esse país inocente, donde se é expulso sempre demasiado cedo, apenas se regressa em momentos privilegiados — a tais regressos se chama, às vezes, poesia. Essa espécie de terra mítica é habitada por seres de uma tão grande formosura que os anjos tiveram neles o seu modelo, e foi às crianças, como todos sabem pelos evangelhos, que foi prometido o Paraíso.
A sedução das crianças provém, antes de mais, da sua proximidade com os animais — a sua relação com o mundo não é a da utilidade, mas a do prazer. Elas não conhecem ainda os dois grandes inimigos da alma, que são, como disse Saint-Exupéry, o dinheiro e a vaidade. Estas frágeis criaturas, as únicas desde a origem destinadas à imortalidade, são também as mais vulneráveis — elas têm o peito aberto às maravilhas do mundo, mas estão sem defesa para a bestialidade humana que, apesar de tanta tecnologia de ponta, não diminui nem se extingue.
O sofrimento de uma criança é de uma ordem tão monstruosa que, frequentemente, é usado como argumento para a negação da bondade divina. Não, não há salvação para quem faça sofrer uma criança, que isto se grave indelevelmente nos vossos espíritos. O simples facto de consentirmos que milhões e milhões de crianças padeçam fome, e reguem com as suas lágrimas a terra onde terão ainda de lutar um dia pela justiça e pela liberdade, prova bem que não somos filhos de Deus. "
Eugénio de Andrade, in 'Rosto Precário'
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Conselhos de um Velho Apaixonado
Quando encontrar alguém e esse alguém fizer
seu coração parar de funcionar por alguns segundos,
preste atenção: pode ser a pessoa
mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento,
houver o mesmo brilho intenso entre eles,
fique alerta: pode ser a pessoa que você está
esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo
for apaixonante, e os olhos se encherem
d'água neste momento, perceba:
existe algo mágico entre vocês.
Se o 1º e o último pensamento do seu dia
for essa pessoa, se a vontade de ficar
juntos chegar a apertar o coração, agradeça:
Algo do céu te mandou
um presente divino : O AMOR.
Se um dia tiverem que pedir perdão um
ao outro por algum motivo e, em troca,
receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos
e os gestos valerem mais que mil palavras,
entregue-se: vocês foram feitos um pro outro.
Se por algum motivo você estiver triste,
se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa
sofrer o seu sofrimento, chorar as suas
lágrimas e enxugá-las com ternura, que
coisa maravilhosa: você poderá contar
com ela em qualquer momento de sua vida.
Se você conseguir, em pensamento, sentir
o cheiro da pessoa como
se ela estivesse ali do seu lado...
Se você achar a pessoa maravilhosamente linda,
mesmo ela estando de pijamas velhos,
chinelos de dedo e cabelos emaranhados...
Se você não consegue trabalhar direito o dia todo,
ansioso pelo encontro que está marcado para a noite...
Se você não consegue imaginar, de maneira
nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado...
Se você tiver a certeza que vai ver a outra
envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção
que vai continuar sendo louco por ela...
Se você preferir fechar os olhos, antes de ver
a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida.
Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes
na vida poucas amam ou encontram um amor verdadeiro.
Às vezes encontram e, por não prestarem atenção
nesses sinais, deixam o amor passar,
sem deixá-lo acontecer verdadeiramente.
É o livre-arbítrio. Por isso, preste atenção nos sinais.
Não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem
cego para a melhor coisa da vida: o AMOR !!!
SOLIDARIEDADE
Solidariedade... É uma palavra diferente.
É uma palavra que incomoda um pouco...
Incomoda porque embora seja difícil de pronunciar, é o seu verdadeiro significado que “faz mexer”...
Fundamenta-se em valores que não conseguimos quantificar por maior que seja o número em euros (ou a falta deles).
Mas o que é a Solidariedade?
O que é ser solidário?
Lanço-vos o desfio de lerem esta mensagem até ao fim. Apenas isso.
Ser Solidário, é acima de tudo, respeitar, incondicionalmente tudo o que nos rodeia...
Ser Solidário, é sentir a necessidade ínfima de partilhar...
Ser Solidário, é perceber que as diferenças só existem porque é mais fácil criar distâncias do que gerir dificuldades...
Ser Solidário, é sentir que é possível mudar, o que está errado e que para isso basta acreditar...
Ser Solidário, é querer ir mais além, é ser mais alto interiormente, é ser maior de coração...
Ser Solidário, é perceber que a alegria de dar é indiscutivelmente superior à de receber...
Ser Solidário, é estender a mão, sem olhar à cor, ao sexo, ao estatuto social (ou à falta dele) e à conta bancária (desculpem-me a ironia)...
Parece-vos utópico tudo isto?
Um romancezeco-semi-sonho com final feliz?
Não é, garanto-vos!
Apenas defendo, porque acredito, que a interiorização de um sentimento desta índole, torna-nos efectivamente “pessoas melhores “...
E Solidariedade só quando é Natal?
Ou quando a Natureza “avisa” que ainda manda nisto tudo??
NÃO!!! NATAL É QUANDO UM HOMEM QUISER!!!
Sermos solidários, quando percebermos que é possível fazer alguma coisa, dizer NÃO, ao egoísmo em que todos vivemos, ao nosso fácil acomodamento, face à miséria, à solidão; à injustiça social e a tantas mas tantas coisas mais...
É mais fácil pensar que não é connosco se algo de profundamente errado e injusto se passa ao nosso lado:
- Sabia que há pessoas a passar fome?
- Sabia que há crianças com apenas poucos meses que vivem em carros abandonados?
- Sabia que há crianças que têm como companheiros de brincadeiras, nos seus “pseudo-quartos”, muitas baratas, e até cobras?
- Sabia que há famílias como a minha e como a sua a viver em currais de porcos e outras “habitações afins”?
- Sabia que se pode morrer de solidão?
Se não sabia, ficou a saber que tudo isto é real e que se passa bem mais perto de si do que pensa… CONSEGUE, AINDA ASSIM, SENTIR-SE UMA PESSOA FELIZ???
Vivemos num mundo de quimeras adiadas, frustradas e cansadas...
Num mundo de mácula, atolado de “mentes vazias” perdidas no seu “ego”, na sua majestosa moradia, nos seus carros topo de gama...
Completamente mergulhados numa vida egocêntrica, que nos condena irreversivelmente à solidão. Acredita que podemos mudar isto?
Eu acredito, porque afinal a DISTÂNCIA É A DE UM PASSO.
Desconheço o autor deste texto, e agradeço a quem me souber informar, para que receba os devidos créditos. Faço minhas as suas palavras!
É uma palavra que incomoda um pouco...
Incomoda porque embora seja difícil de pronunciar, é o seu verdadeiro significado que “faz mexer”...
Fundamenta-se em valores que não conseguimos quantificar por maior que seja o número em euros (ou a falta deles).
Mas o que é a Solidariedade?
O que é ser solidário?
Lanço-vos o desfio de lerem esta mensagem até ao fim. Apenas isso.
Ser Solidário, é acima de tudo, respeitar, incondicionalmente tudo o que nos rodeia...
Ser Solidário, é sentir a necessidade ínfima de partilhar...
Ser Solidário, é perceber que as diferenças só existem porque é mais fácil criar distâncias do que gerir dificuldades...
Ser Solidário, é sentir que é possível mudar, o que está errado e que para isso basta acreditar...
Ser Solidário, é querer ir mais além, é ser mais alto interiormente, é ser maior de coração...
Ser Solidário, é perceber que a alegria de dar é indiscutivelmente superior à de receber...
Ser Solidário, é estender a mão, sem olhar à cor, ao sexo, ao estatuto social (ou à falta dele) e à conta bancária (desculpem-me a ironia)...
Parece-vos utópico tudo isto?
Um romancezeco-semi-sonho com final feliz?
Não é, garanto-vos!
Apenas defendo, porque acredito, que a interiorização de um sentimento desta índole, torna-nos efectivamente “pessoas melhores “...
E Solidariedade só quando é Natal?
Ou quando a Natureza “avisa” que ainda manda nisto tudo??
NÃO!!! NATAL É QUANDO UM HOMEM QUISER!!!
Sermos solidários, quando percebermos que é possível fazer alguma coisa, dizer NÃO, ao egoísmo em que todos vivemos, ao nosso fácil acomodamento, face à miséria, à solidão; à injustiça social e a tantas mas tantas coisas mais...
É mais fácil pensar que não é connosco se algo de profundamente errado e injusto se passa ao nosso lado:
- Sabia que há pessoas a passar fome?
- Sabia que há crianças com apenas poucos meses que vivem em carros abandonados?
- Sabia que há crianças que têm como companheiros de brincadeiras, nos seus “pseudo-quartos”, muitas baratas, e até cobras?
- Sabia que há famílias como a minha e como a sua a viver em currais de porcos e outras “habitações afins”?
- Sabia que se pode morrer de solidão?
Se não sabia, ficou a saber que tudo isto é real e que se passa bem mais perto de si do que pensa… CONSEGUE, AINDA ASSIM, SENTIR-SE UMA PESSOA FELIZ???
Vivemos num mundo de quimeras adiadas, frustradas e cansadas...
Num mundo de mácula, atolado de “mentes vazias” perdidas no seu “ego”, na sua majestosa moradia, nos seus carros topo de gama...
Completamente mergulhados numa vida egocêntrica, que nos condena irreversivelmente à solidão. Acredita que podemos mudar isto?
Eu acredito, porque afinal a DISTÂNCIA É A DE UM PASSO.
Desconheço o autor deste texto, e agradeço a quem me souber informar, para que receba os devidos créditos. Faço minhas as suas palavras!
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Os Anjos da Guarda
O Dia dos fiéis defuntos, Dia dos mortos ou Dia de finados é celebrado pela Igreja Católica no dia 2 de Novembro, logo a seguir ao dia de Todos-os-Santos.
Este dia foi instituído para que as pessoas não se esquecessem de rezar pelas pessoas que já tinham morrido.
Muitas pessoas acreditam que quando alguém morre, transforma-se num anjo e vai para o céu.
Hoje, deixo aqui uma história chamada "Os Anjos da Guarda", escrita por António Torrado.
Um vagabundo resolveu arranjar casa.
- Chega de dormir ao relento e de andar por aí, a vadiar, sem eira nem beira - disse o vagabundo. - Vou fazer uma casa só para mim.
Escolheu um sítio recatado, numa terra de ninguém, e lançou-se ao trabalho. No primeiro dia, desbastou o terreno e alisou-o. Depois, foi à vida.
Este vagabundo chamava-se Joanete.
Por coincidência, outro vagabundo também pensou que já estava em tempo de ter uma casa. Para poder levar a sua avante, tinha de procurar onde construí-la. Deu com o terreno, alisado pelo vagabundo Joanete, e disse:
- Aqui é que me calha. Está limpo e pronto para a construção. Agora é só cavar as fundações e arranjar uns troncos grossos, que segurem as paredes.
Foi o que fez. Depois, foi à vida.
Este vagabundo chamava-se Pé-leve.
Quando o primeiro vagabundo, o Joanete, regressou ao trabalho e viu os buracos feitos e os troncos alinhados, ficou, como é de imaginar, muito contente.
- Anda um anjo a ajudar-me - pensou.
Aplicou os troncos e foi cortar madeira para as paredes. Depois, como não tinha pregos para pregá-las, foi comprá-los.
O Pé-leve, quando chegou e viu os troncos enterrados nos buracos e a madeira empilhada, pensou:
- Tenho um anjo ao meu serviço.
E foi comprar pregos.
Entretanto, regressou o Joanete. Pregou a madeira e levantou as paredes.
O telhado deixou para depois. Foi dar um passeio.
Quando o Pé-leve voltou e viu as paredes prontas, disse:
- Tenho de ajudar o meu anjo da guarda.
E levantou o telhado. Depois foi procurar de comer.
O Joanete, acabado o passeio, vendo o telhado pronto, disse:
- O meu anjo é um portento. Só falta o soalho e uns móveis.
Foi no que se aplicou. Assoalhada a casa e mobilada, no seu essencial, só faltava habitá-la. Estava uma lindeza. Uma porta, duas janelas, uma chaminé. Que mais queria?
E o vagabundo Joanete, encantado com a sua obra, ajoelhou-se e, de mãos postas, agradeceu a mãozinha ajudadeira do seu anjo da guarda.
Mas uma voz indignada interrompeu-lhe a oração:
- Que pouca vergonha é esta? Quem o mandou entrar na minha casa?
Era o Pé-leve.
Levantou-se o Joanete e fez-lhe frente:
- A sua casa? Com que direito? Ainda agora a assoalhei e mobilei.
- Então e eu que levantei o telhado? - repontou o Pé-leve.
- Então e eu que levantei as paredes? - retorquiu o Joanete.
- E eu que cavei as fundações?
- E eu que alisei o terreno?
Pararam de altercar. Olharam um para o outro, ambos de boca aberta.
- Tu é que eras o meu anjo da guarda? - apontou o Joanete para o Pé-leve.
- O meu anjo da guarda eras tu? - apontou o Pé-leve para o Joanete.
Caíram nos braços um do outro.
E ficaram a viver juntos.
Este dia foi instituído para que as pessoas não se esquecessem de rezar pelas pessoas que já tinham morrido.
Muitas pessoas acreditam que quando alguém morre, transforma-se num anjo e vai para o céu.
Hoje, deixo aqui uma história chamada "Os Anjos da Guarda", escrita por António Torrado.
Os Anjos da Guarda
Um vagabundo resolveu arranjar casa.
- Chega de dormir ao relento e de andar por aí, a vadiar, sem eira nem beira - disse o vagabundo. - Vou fazer uma casa só para mim.
Escolheu um sítio recatado, numa terra de ninguém, e lançou-se ao trabalho. No primeiro dia, desbastou o terreno e alisou-o. Depois, foi à vida.
Este vagabundo chamava-se Joanete.
Por coincidência, outro vagabundo também pensou que já estava em tempo de ter uma casa. Para poder levar a sua avante, tinha de procurar onde construí-la. Deu com o terreno, alisado pelo vagabundo Joanete, e disse:
- Aqui é que me calha. Está limpo e pronto para a construção. Agora é só cavar as fundações e arranjar uns troncos grossos, que segurem as paredes.
Foi o que fez. Depois, foi à vida.
Este vagabundo chamava-se Pé-leve.
Quando o primeiro vagabundo, o Joanete, regressou ao trabalho e viu os buracos feitos e os troncos alinhados, ficou, como é de imaginar, muito contente.
- Anda um anjo a ajudar-me - pensou.
Aplicou os troncos e foi cortar madeira para as paredes. Depois, como não tinha pregos para pregá-las, foi comprá-los.
O Pé-leve, quando chegou e viu os troncos enterrados nos buracos e a madeira empilhada, pensou:
- Tenho um anjo ao meu serviço.
E foi comprar pregos.
Entretanto, regressou o Joanete. Pregou a madeira e levantou as paredes.
O telhado deixou para depois. Foi dar um passeio.
Quando o Pé-leve voltou e viu as paredes prontas, disse:
- Tenho de ajudar o meu anjo da guarda.
E levantou o telhado. Depois foi procurar de comer.
O Joanete, acabado o passeio, vendo o telhado pronto, disse:
- O meu anjo é um portento. Só falta o soalho e uns móveis.
Foi no que se aplicou. Assoalhada a casa e mobilada, no seu essencial, só faltava habitá-la. Estava uma lindeza. Uma porta, duas janelas, uma chaminé. Que mais queria?
E o vagabundo Joanete, encantado com a sua obra, ajoelhou-se e, de mãos postas, agradeceu a mãozinha ajudadeira do seu anjo da guarda.
Mas uma voz indignada interrompeu-lhe a oração:
- Que pouca vergonha é esta? Quem o mandou entrar na minha casa?
Era o Pé-leve.
Levantou-se o Joanete e fez-lhe frente:
- A sua casa? Com que direito? Ainda agora a assoalhei e mobilei.
- Então e eu que levantei o telhado? - repontou o Pé-leve.
- Então e eu que levantei as paredes? - retorquiu o Joanete.
- E eu que cavei as fundações?
- E eu que alisei o terreno?
Pararam de altercar. Olharam um para o outro, ambos de boca aberta.
- Tu é que eras o meu anjo da guarda? - apontou o Joanete para o Pé-leve.
- O meu anjo da guarda eras tu? - apontou o Pé-leve para o Joanete.
Caíram nos braços um do outro.
E ficaram a viver juntos.
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Bolinhos dos Santos
Para comemorar o dia de ontem, aqui fica a receita dos "Bolinhos dos Santos".
Vai precisar de:
0,5kg de batata doce,
250gr.de farinha,
250gr de açúcar,
1 ou 2 ovos,
1colher de chá de fermento em pó,
uma pitada de erva doce,
1 pitada de sal.
Cozer as batatas e reduzi-las a puré (se cozer as batatas com umas gotinhas de limão, evita que elas fiquem escuras). Misturar o açúcar, a farinha, os ovos, o sal, a erva doce e o fermento. Amassar muito bem. Por fim juntar o recheio (passas, nozes, etc...). Moldar os bolinhos, pincelar com ovo batido e levar a cozer no forno.
Deixo ainda duas quadras que era costume recitar quando se pedia o "Pão-por-Deus":
Vai precisar de:
0,5kg de batata doce,
250gr.de farinha,
250gr de açúcar,
1 ou 2 ovos,
1colher de chá de fermento em pó,
uma pitada de erva doce,
1 pitada de sal.
Cozer as batatas e reduzi-las a puré (se cozer as batatas com umas gotinhas de limão, evita que elas fiquem escuras). Misturar o açúcar, a farinha, os ovos, o sal, a erva doce e o fermento. Amassar muito bem. Por fim juntar o recheio (passas, nozes, etc...). Moldar os bolinhos, pincelar com ovo batido e levar a cozer no forno.
Deixo ainda duas quadras que era costume recitar quando se pedia o "Pão-por-Deus":
Lá vai o meu coração
Sozinho sem mais niguém
Vai pedir o Pão-por-Deus
A quem quero tanto bem
Pão por Deus
Que Deus me deu
Uma esmolinha
Por alma dos seus
Tudo se acaba!
Olá, Amigos!
Ontem foi feriado: Dia de Todos os Santos, celebração em honra de todos os santos e mártires, conhecidos ou não.
Este dia surgiu com o objectivo de suprir quaisquer faltas dos fiéis em recordar os santos nas celebrações das festas ao longo do ano. Esta tradição de recordar os santos está na origem da composição do calendário litúrgico, em que constavam inicialmente as datas de aniversário da morte dos cristãos martirizados como testemunho pela sua fé, realizando-se nelas orações, missas e vigílias, habitualmente no mesmo local ou nas imediações de onde foram mortos, como acontecia em redor do Coliseu de Roma. Posteriormente tornou-se hábito erigirem igrejas e basílicas dedicadas em sua memória nesses mesmos locais.
Com o avançar do tempo, mais homens e mulheres se sucederam como exemplos de santidade e foram com estas honras reconhecidos e divulgados por todo o mundo.
Ontem, para muitas pessoas, em que me incluo, foi dia de nos lembrarmos de santos e menos santos, muitos que deixaram um rasto de bondade e generosidade, de referência, de um sorriso, de um abraço, pessoas que marcaram a nossa vida, desde pais, irmãos, avós, outros laços familiares, amigos, etc. Pessoas que na verdade estão lá em cima, como estrela-guia, a olharem por nós...
Em Portugal, neste Dia de Todos os Santos, era tradição as crianças saírem à rua e juntar-se em pequenos grupos para pedir o pão-por-deus de porta em porta. As crianças quando pediam o pão-por-deus recitavam versos e recebiam como oferenda: pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, amêndoas, ou castanhas que colocavam dentro dos seus sacos de pano.
Pena, hoje, já não ser assim!
Façam o favor de ser felizes e de fazer alguém feliz!
Ontem foi feriado: Dia de Todos os Santos, celebração em honra de todos os santos e mártires, conhecidos ou não.
Este dia surgiu com o objectivo de suprir quaisquer faltas dos fiéis em recordar os santos nas celebrações das festas ao longo do ano. Esta tradição de recordar os santos está na origem da composição do calendário litúrgico, em que constavam inicialmente as datas de aniversário da morte dos cristãos martirizados como testemunho pela sua fé, realizando-se nelas orações, missas e vigílias, habitualmente no mesmo local ou nas imediações de onde foram mortos, como acontecia em redor do Coliseu de Roma. Posteriormente tornou-se hábito erigirem igrejas e basílicas dedicadas em sua memória nesses mesmos locais.
Com o avançar do tempo, mais homens e mulheres se sucederam como exemplos de santidade e foram com estas honras reconhecidos e divulgados por todo o mundo.
Ontem, para muitas pessoas, em que me incluo, foi dia de nos lembrarmos de santos e menos santos, muitos que deixaram um rasto de bondade e generosidade, de referência, de um sorriso, de um abraço, pessoas que marcaram a nossa vida, desde pais, irmãos, avós, outros laços familiares, amigos, etc. Pessoas que na verdade estão lá em cima, como estrela-guia, a olharem por nós...
Em Portugal, neste Dia de Todos os Santos, era tradição as crianças saírem à rua e juntar-se em pequenos grupos para pedir o pão-por-deus de porta em porta. As crianças quando pediam o pão-por-deus recitavam versos e recebiam como oferenda: pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, amêndoas, ou castanhas que colocavam dentro dos seus sacos de pano.
Pena, hoje, já não ser assim!
Façam o favor de ser felizes e de fazer alguém feliz!
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