Nasces de mim como prenda preciosa que guardo no ventre. Carrego-te no colo, protegendo-te de todos os vendavais, chuvas e tempestades que na vida te assolam. Protejo o teu corpo com o meu corpo, cobrindo-te com o calor de um abraço, sentindo-te aconchegar-te a mim.
Neste equilíbrio instável de corpos enrolados aprendemos aos poucos a partilhar-nos. Saboreio cada pedaço teu como se fosses eu. Sinto cada bater do teu peito como se fosse o meu. Absorvo o frio da tua pele despida, convertendo-o no calor ardente da minha paixão.
Nesta nova fórmula de amar, os corpos são invólucros que sustentam os sentidos, e estes ganham forma abandonando o abrigo para se tornarem independentes. Criamos o próprio Universo à nossa medida, semeamo-lo de estrelas perdidas, e sentamo-nos de mãos dadas no prado, a contemplar a luz que ele próprio irradia.
Amar-te assim, embrenhada em mim, é como ser tu, é como seres eu em ti, neste abraço enrolado, eterno, sem fim.
Autor desconhecido
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
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Uma perfeita definição do que é o amor...
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