terça-feira, 13 de outubro de 2009
Há derrotas que têm mais dignidade que a vitória!
"Existem derrotas mais triunfantes que as vitórias." [ Michel de Montaigne]
Do resultado das autárquicas, é este pensamento que eu dirijo aos meus colegas e amigos de campanha. A arte de vencer aprende-se nas derrotas.
A honra de uma pessoa é o reconhecimento de que essa pessoa é íntegra e digna de confiança. Não como consequência de uma campanha artificial, mas como resultado de um longo e constante esforço por ter um comportamento correcto.
Existe em cada um de nós um ditador, que se manifesta quando queremos pôr em prática os nossos desejos não olhando a meios. Quando estamos dispostos a pisar quem quer que seja com o fim de cumprirmos a nossa própria vontade. Quando os outros deixam de contar para nós, se por acaso acharmos que estorvam a concretização dos nossos planos ou a nossa realização pessoal.
Abraão Lincoln, décimo sexto presidente dos Estados Unidos da América do Norte, dizia que a democracia é a regra do povo, pelo povo e para o povo. "Governo do povo" é o que ouvimos diariamente da boca dos nossos políticos. Mas este "affaire" faz-me certa confusão, porque o nosso bom povo não entende patavina de política. Governo, então, de quem e para quem? Em Portugal, temos a democracia "representativa"onde mandam homens imperfeitos elegidos pelo voto do povo. Esta é a democracia plasticizada que temos no País irreal, cheio de problemas e de cenas burlescas, com gente no Poder Central a abusar em prejuízo do povo e a beneficiar-se em proveito próprio.
Neste nosso jardim à beira mar plantado, a democracia caminha a dois tempos, e o povo é enganado porque gosta de ser enganado por licenciados idiotas. A democracia portuguesa será sempre pobre, porque o nosso bom povo é pobre de espírito. E como dizia Almeida Garret: "Mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube". E Almeida Garrett até era um homem dotado para as Belas Letras... Não era nenhum idiota. Seria nas Letras e com as Letras que Almeida Garrett se tornaria uma mescla de Voltaire e Rousseau lusitano.
Já está mais do que provado que o povo gosta de sofrer. O sofrimento faz parte da evolução. As religiões sempre pregaram o sofrimento e o povo obedece quase sempre. Não precisava ser assim. Mas a História já mostrou isso nos últimos dois mil anos. Alguns dos grandes líderes mundiais foram mortos por gente do povo, pois o povo também sempre gostou de ser enganado. Na vida real, quem morre são os mocinhos! O panorama sempre foi esse e não vai mudar! Muito pelo contrário, vai piorar bastante! Muito mesmo! É só a gente olhar para o que está a acontecer por aqui.
Parece que teremos que engolir mais quatro anos, que poderão multiplicar-se se nada fizermos! Os nossos representantes, coniventes, apenas desfrutam dos prazeres que o poder proporciona. E calam-se, pois ficamos calados também. E a coisa vai assim, vamos aceitando a roubalheira, o desmando, porque no fundo, no fundo, somos todos iguais. Sempre se ouviu dizer que somos contra a corrupção só porque não fazemos parte dela. Nunca ouviram isso? Ledo engano! Sempre fizemos parte dela sim, alguns de nós como vítimas. Aliás, dizem por aí que o Conto do Vigário só existe porque a vítima é desonesta!
A minha esperança é, embora as pesquisas apontem um resultado, que o povo se tenha cansado der ser enganado e que tenha passado a enganar. Somos todos iguais, lembram-se?
Dedico esta mensagem ao Nº 1, a quem muito respeito e admiro: "Um homem de carácter poderá ser derrotado mas jamais destruído." [ Ernest Hemingway ]
Para os Nº 2 e 4, com quem adorei trabalhar: "Cada fracasso ensina ao homem algo que precisava aprender." [ Charles Dickens ] Todas as adversidades que enfrentei em minha vida, todos os meus problemas e obstáculos, me fortificaram...
Muitos males da nossa época resultam de que não gastamos tempo em estar connosco mesmos, com os outros homens e com a natureza.
Os homens possuem a capacidade de pensar, mas não têm tempo de exercitar o pensamento. Poderiam pesar com sossego no seu coração as palavras, os gestos e os acontecimentos: crescer por dentro. Mas falta-lhes tempo. Seriam capazes de trocar sorrisos e de se ajudarem, de fazerem amigos, mas dedicam-se a outras coisas.
Os homens correm.
Meteram-lhes na cabeça que tinham de produzir. Forçam-nos a produzir. Talvez suceda que para sobreviver neste género de sociedade se torne necessário correr…
Mas ninguém repara em que aquilo que estes homens-que-correm produzem é cada vez menos… humano? (De resto, mal acontece um pequeno progresso tecnológico são despedidos milhares deles, porque aquilo que faziam são coisas que uma máquina pode fazer). Acontece que esta descida de nível se nota nas leis, nos livros, nas canções…
Inventou-se o computador. E chegámos a pensar que teríamos mais tempo para viver, pois faríamos mais depressa os mesmos trabalhos. Mas não: o tempo que se poupou foi imediatamente aplicado em produzir mais…
Outrora, o homem tinha o seu pequeno reino – talvez pobre – onde era senhor. Crescia por dentro, dono de ser quem era, domando uma terra que lhe resistia, amparando-se em quem tinha ao lado, forjando laços, acariciando cordeiros e oliveiras, ouvindo Deus no vento, aquecendo-se ao fogo do lar.
E fazia canções e danças. E eram cheios de sentido as festas e os Domingos e as palavras.
O homem não é agora de lugar nenhum. Não tem ligação à terra. Não vive com os outros. Cria e quebra laços com a facilidade resultante desses laços não terem chegado a ser exactamente laços, por lhes faltar conteúdo. É superficial em tudo. Corre…
É uma peça dentro de uma engrenagem que não é humana. Não tem o seu reino. É forçado a procurar emprego como quem pede esmola. Será substituído ou eliminado – como agora pretendem com a eutanásia – assim que deixar de ser produtivo.
Trocou o seu senhorio por meia dúzia de atractivas comodidades. Disse qual era o seu preço e vendeu-se.
Esvaziou-se. E ao esvaziar-se perdeu o sentido de todas as coisas. Transformou o Natal em festa da família, e a família em antro de egoísmos. Do amor guardou apenas o prazer, desconhecendo agora que coisa seja amar. E, por ter perdido o amor, olha baralhado para si mesmo e pergunta pelo sentido da vida.
Mas o homem tem também a capacidade grande de analisar e de escolher. O homem não é um rio: pode regressar a lugares que ficaram atrás e apanhar do chão qualquer coisa que deixou esquecida à beira da estrada.
Se voltarmos a entrar dentro de nós mesmos, é certo que teremos de novo as cores de antigamente. É certo que se abrirão caminhos de que já não nos lembramos.
Não podemos mudar tudo de um dia para o outro, mas há passos que podemos dar. Podemos cortar naquilo que no trabalho é exagerado, prescindir de certas comodidades (depressa compreenderemos que não nos eram necessárias), forçar-nos a tempos de sossego connosco mesmos, com os que amamos, com a natureza. Podemos descobrir o silêncio e tudo o que ele tem para nos dar. Podemos ler.
E podemos experimentar a sério ouvir os outros. Ouvi-los mesmo, com interesse verdadeiro em saber o que têm dentro, como quando namorávamos e cada palavra tinha a importância de um monumento.
Do resultado das autárquicas, é este pensamento que eu dirijo aos meus colegas e amigos de campanha. A arte de vencer aprende-se nas derrotas.
A honra de uma pessoa é o reconhecimento de que essa pessoa é íntegra e digna de confiança. Não como consequência de uma campanha artificial, mas como resultado de um longo e constante esforço por ter um comportamento correcto.
Existe em cada um de nós um ditador, que se manifesta quando queremos pôr em prática os nossos desejos não olhando a meios. Quando estamos dispostos a pisar quem quer que seja com o fim de cumprirmos a nossa própria vontade. Quando os outros deixam de contar para nós, se por acaso acharmos que estorvam a concretização dos nossos planos ou a nossa realização pessoal.
Abraão Lincoln, décimo sexto presidente dos Estados Unidos da América do Norte, dizia que a democracia é a regra do povo, pelo povo e para o povo. "Governo do povo" é o que ouvimos diariamente da boca dos nossos políticos. Mas este "affaire" faz-me certa confusão, porque o nosso bom povo não entende patavina de política. Governo, então, de quem e para quem? Em Portugal, temos a democracia "representativa"onde mandam homens imperfeitos elegidos pelo voto do povo. Esta é a democracia plasticizada que temos no País irreal, cheio de problemas e de cenas burlescas, com gente no Poder Central a abusar em prejuízo do povo e a beneficiar-se em proveito próprio.
Neste nosso jardim à beira mar plantado, a democracia caminha a dois tempos, e o povo é enganado porque gosta de ser enganado por licenciados idiotas. A democracia portuguesa será sempre pobre, porque o nosso bom povo é pobre de espírito. E como dizia Almeida Garret: "Mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube". E Almeida Garrett até era um homem dotado para as Belas Letras... Não era nenhum idiota. Seria nas Letras e com as Letras que Almeida Garrett se tornaria uma mescla de Voltaire e Rousseau lusitano.
Já está mais do que provado que o povo gosta de sofrer. O sofrimento faz parte da evolução. As religiões sempre pregaram o sofrimento e o povo obedece quase sempre. Não precisava ser assim. Mas a História já mostrou isso nos últimos dois mil anos. Alguns dos grandes líderes mundiais foram mortos por gente do povo, pois o povo também sempre gostou de ser enganado. Na vida real, quem morre são os mocinhos! O panorama sempre foi esse e não vai mudar! Muito pelo contrário, vai piorar bastante! Muito mesmo! É só a gente olhar para o que está a acontecer por aqui.
Parece que teremos que engolir mais quatro anos, que poderão multiplicar-se se nada fizermos! Os nossos representantes, coniventes, apenas desfrutam dos prazeres que o poder proporciona. E calam-se, pois ficamos calados também. E a coisa vai assim, vamos aceitando a roubalheira, o desmando, porque no fundo, no fundo, somos todos iguais. Sempre se ouviu dizer que somos contra a corrupção só porque não fazemos parte dela. Nunca ouviram isso? Ledo engano! Sempre fizemos parte dela sim, alguns de nós como vítimas. Aliás, dizem por aí que o Conto do Vigário só existe porque a vítima é desonesta!
A minha esperança é, embora as pesquisas apontem um resultado, que o povo se tenha cansado der ser enganado e que tenha passado a enganar. Somos todos iguais, lembram-se?
Dedico esta mensagem ao Nº 1, a quem muito respeito e admiro: "Um homem de carácter poderá ser derrotado mas jamais destruído." [ Ernest Hemingway ]
Para os Nº 2 e 4, com quem adorei trabalhar: "Cada fracasso ensina ao homem algo que precisava aprender." [ Charles Dickens ] Todas as adversidades que enfrentei em minha vida, todos os meus problemas e obstáculos, me fortificaram...
Muitos males da nossa época resultam de que não gastamos tempo em estar connosco mesmos, com os outros homens e com a natureza.
Os homens possuem a capacidade de pensar, mas não têm tempo de exercitar o pensamento. Poderiam pesar com sossego no seu coração as palavras, os gestos e os acontecimentos: crescer por dentro. Mas falta-lhes tempo. Seriam capazes de trocar sorrisos e de se ajudarem, de fazerem amigos, mas dedicam-se a outras coisas.
Os homens correm.
Meteram-lhes na cabeça que tinham de produzir. Forçam-nos a produzir. Talvez suceda que para sobreviver neste género de sociedade se torne necessário correr…
Mas ninguém repara em que aquilo que estes homens-que-correm produzem é cada vez menos… humano? (De resto, mal acontece um pequeno progresso tecnológico são despedidos milhares deles, porque aquilo que faziam são coisas que uma máquina pode fazer). Acontece que esta descida de nível se nota nas leis, nos livros, nas canções…
Inventou-se o computador. E chegámos a pensar que teríamos mais tempo para viver, pois faríamos mais depressa os mesmos trabalhos. Mas não: o tempo que se poupou foi imediatamente aplicado em produzir mais…
Outrora, o homem tinha o seu pequeno reino – talvez pobre – onde era senhor. Crescia por dentro, dono de ser quem era, domando uma terra que lhe resistia, amparando-se em quem tinha ao lado, forjando laços, acariciando cordeiros e oliveiras, ouvindo Deus no vento, aquecendo-se ao fogo do lar.
E fazia canções e danças. E eram cheios de sentido as festas e os Domingos e as palavras.
O homem não é agora de lugar nenhum. Não tem ligação à terra. Não vive com os outros. Cria e quebra laços com a facilidade resultante desses laços não terem chegado a ser exactamente laços, por lhes faltar conteúdo. É superficial em tudo. Corre…
É uma peça dentro de uma engrenagem que não é humana. Não tem o seu reino. É forçado a procurar emprego como quem pede esmola. Será substituído ou eliminado – como agora pretendem com a eutanásia – assim que deixar de ser produtivo.
Trocou o seu senhorio por meia dúzia de atractivas comodidades. Disse qual era o seu preço e vendeu-se.
Esvaziou-se. E ao esvaziar-se perdeu o sentido de todas as coisas. Transformou o Natal em festa da família, e a família em antro de egoísmos. Do amor guardou apenas o prazer, desconhecendo agora que coisa seja amar. E, por ter perdido o amor, olha baralhado para si mesmo e pergunta pelo sentido da vida.
Mas o homem tem também a capacidade grande de analisar e de escolher. O homem não é um rio: pode regressar a lugares que ficaram atrás e apanhar do chão qualquer coisa que deixou esquecida à beira da estrada.
Se voltarmos a entrar dentro de nós mesmos, é certo que teremos de novo as cores de antigamente. É certo que se abrirão caminhos de que já não nos lembramos.
Não podemos mudar tudo de um dia para o outro, mas há passos que podemos dar. Podemos cortar naquilo que no trabalho é exagerado, prescindir de certas comodidades (depressa compreenderemos que não nos eram necessárias), forçar-nos a tempos de sossego connosco mesmos, com os que amamos, com a natureza. Podemos descobrir o silêncio e tudo o que ele tem para nos dar. Podemos ler.
E podemos experimentar a sério ouvir os outros. Ouvi-los mesmo, com interesse verdadeiro em saber o que têm dentro, como quando namorávamos e cada palavra tinha a importância de um monumento.
sábado, 10 de outubro de 2009
QUANDO ME AMEI DE VERDADE
"Quando me amei de verdade,
pude compreender
que em qualquer circunstância,
eu estava no lugar certo,
na hora certa.
Então pude relaxar.
"Quando me amei de verdade,
pude perceber que o
sofrimento emocional é um sinal
de que estou indo contra a minha verdade.
"Quando me amei de verdade,
parei de desejar que a minha vida
fosse diferente e comecei a ver
que tudo o que acontece contribui
para o meu crescimento.
"Quando me amei de verdade,
comecei a perceber como
é ofensivo tentar forçar alguma coisa
ou alguém que ainda não está preparado
- inclusive eu mesma.
"Quando me amei de verdade,
comecei a me livrar de tudo
que não fosse saudável.
Isso quer dizer: pessoas, tarefas,
crenças e - qualquer coisa que
me pusesse pra baixo.
Minha razão chamou isso de egoismo.
Mas hoje eu sei que é amor-próprio.
"Quando me amei de verdade,
deixei de temer meu tempo livre
e desisti de fazer planos.
Hoje faço o que acho certo
e no meu próprio ritmo.
Como isso é bom!
"Quando me amei de verdade,
desisti de querer ter sempre razão,
e com isso errei muito menos vezes.
"Quando me amei de verdade,
desisti de ficar revivendo o passado
e de me preocupar com o futuro.
Isso me mantém no presente,
que é onde a vida acontece.
"Quando me amei de verdade,
percebi que a minha mente
pode me atormentar e me decepcionar.
Mas quando eu a coloco
a serviço do meu coração,
ela se torna uma grande e valiosa aliada."
Trechos do livro "Quando me Amei de Verdade " de Kim McMillen & Alison McMillen"
pude compreender
que em qualquer circunstância,
eu estava no lugar certo,
na hora certa.
Então pude relaxar.
"Quando me amei de verdade,
pude perceber que o
sofrimento emocional é um sinal
de que estou indo contra a minha verdade.
"Quando me amei de verdade,
parei de desejar que a minha vida
fosse diferente e comecei a ver
que tudo o que acontece contribui
para o meu crescimento.
"Quando me amei de verdade,
comecei a perceber como
é ofensivo tentar forçar alguma coisa
ou alguém que ainda não está preparado
- inclusive eu mesma.
"Quando me amei de verdade,
comecei a me livrar de tudo
que não fosse saudável.
Isso quer dizer: pessoas, tarefas,
crenças e - qualquer coisa que
me pusesse pra baixo.
Minha razão chamou isso de egoismo.
Mas hoje eu sei que é amor-próprio.
"Quando me amei de verdade,
deixei de temer meu tempo livre
e desisti de fazer planos.
Hoje faço o que acho certo
e no meu próprio ritmo.
Como isso é bom!
"Quando me amei de verdade,
desisti de querer ter sempre razão,
e com isso errei muito menos vezes.
"Quando me amei de verdade,
desisti de ficar revivendo o passado
e de me preocupar com o futuro.
Isso me mantém no presente,
que é onde a vida acontece.
"Quando me amei de verdade,
percebi que a minha mente
pode me atormentar e me decepcionar.
Mas quando eu a coloco
a serviço do meu coração,
ela se torna uma grande e valiosa aliada."
Trechos do livro "Quando me Amei de Verdade " de Kim McMillen & Alison McMillen"
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