quinta-feira, 28 de abril de 2016
Que...
Que tu saibas quando estou com receio, e me tomes nos braços sem fazer demasiadas perguntas.
Que tu repares quando preciso de silêncio e não vás embora batendo a porta, mas entendas que não te amarei menos porque estou quieta.
Que tu aceites que me preocupo contigo, e não te irrites com a minha solicitude, e, se ela for excessiva, saibas dizer-mo com delicadeza ou bom humor.
Que tu percebas minha fragilidade e não rias de mim, nem te aproveites disso.
Que, se eu fizer uma tolice qualquer, tu gostes um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que, se estou apenas cansada, tu não penses logo que eu estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem digas que reclamo demais.
Que tu sintas quanto me dói a ideia do afastamento, e ouses ficar comigo mais um pouco, em vez de voltares logo à tua vida.
Que, se estou numa fase menos boa, tu sejas meu cúmplice.
Que, se eventualmente eu perder a paciência, a graça ou até a compostura (também sou humana!), tu ainda assim me aches linda e me admires.
Que tu não me consideres sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceites quando não for capaz de ser tudo isso.
Que tu aceites que, mesmo eu me esforçando, não sou a mulher maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa – uma Mulher!
CT
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