Para Refletir

segunda-feira, 28 de março de 2016

As mãos pressentem























As mãos pressentem a leveza rubra do lume
repetem gestos semelhantes a corolas de flores
vôos de pássaro ferido no marulho da alba
ou ficam assim azuis
queimadas pela secular idade desta luz
encalhada como um barco nos confins do olhar


ergues de novo as cansadas e sábias mãos
tocas o vazio de muitos dias sem desejo e
o amargor húmido das noites e tanta ignorância
tanto ouro sonhado sobre a pele tanta treva
quase nada.
.
Al Berto

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